Economia para pagamento de juros foi de R$ 93,5 bi, acima dos R$ 91,8 bi estipulados pelo governo
Célia Froufe e Adriana Fernandes, da Agência Estado
BRASÍLIA – O Brasil conseguiu superar a meta de superávit primário do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) em 2011, de R$ 91,8 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Tesouro. No ano passado, a economia feita para pagamento de juros da dívida pública foi de R$ 93,519 bilhões, o que equivale a 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2010, o esforço foi de R$ 78,772 bilhões. O resultado veio dentro do esperado pelo economistas ouvidos pelo AE Projeções.
O Tesouro Nacional obteve um superávit primário de R$ 129,617 bilhões em 2011. Já o Banco Central registrou um déficit primário de R$ 551,6 milhões no ano passado e a Previdência Social ficou negativa em R$ 35,546 bilhões no período.
Apenas em dezembro de 2011, o superávit obtido pelo governo central foi de R$ 2,012 bilhões. Os economistas esperavam um superávit primário em dezembro entre R$ 1,200 bilhão e R$ 11,700 bilhões. Este intervalo de estimativas gerou uma mediana de R$ 6,100 bilhões, conforme a análise descritiva do levantamento feito pelo AE Projeções com 12 instituições do mercado financeiro.
As despesas do governo central registraram alta de 3,4% no ano passado em relação a 2010. A elevação, no entanto, foi mais do que compensada pelas Receitas, que subiram 7,7% no período.