Preocupado em garantir a manutenção da retomada de fôlego da economia neste segundo semestre, o governo Dilma vai adotar medidas direcionadas ao setor automotivo, responsável pelos primeiros sinais de recuperação da indústria nacional.
Está praticamente certo que a redução do IPI para carros, que inicialmente terminaria no dia 31 de agosto, deve ser prorrogada por pelo menos mais dois meses.
Segundo a reportagem apurou, a avaliação da equipe econômica é que a redução do IPI gerou os efeitos desejados no mercado e sua renovação é recomendável para evitar uma queda no ritmo de recuperação da economia neste semestre.
Interlocutores presidenciais dizem que a iniciativa só será descartada se o governo entender que o espaço no Orçamento o impede de abrir mão desta receita.
Um assessor do governo disse, porém, que a recuperação da economia neste início de semestre ainda não está muito forte e elevar o IPI dos carros agora pode gerar desestímulo a um setor que acelerou as vendas.
Em maio, o governo reduziu o IPI de carros 1.0 de 7% para zero. No caso dos carros com motores até 2.0, o imposto caiu de 11% para 6,5%. No caso dos utilitários, o corte foi de 4% para 1%.
A ordem no Palácio do Planalto é não dar como garantida a prorrogação do IPI nesta semana.
A presidente Dilma Rousseff e o ministro Guido Mantega (Fazenda) preferem aguardar o último momento para confirmar a redução para não interromper o fluxo atual de vendas.