Segundo o ministro da Fazenda, o Congresso Nacional é soberano e vai votar a proposta de reformar a Previdência ‘no momento em que julgar adequado’.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira (14) que o governo trabalha para votar a proposta de reforma da Previdência Social na próxima semana, mas acrescentou que não há um compromisso com relação a isso.
“Isso [votação na próxima semana] não é uma previsão. O Congresso é soberano e vai votar no momento em que julgar adequado. Respeitamos isso. Vivemos em uma democracia, com Estado de direito. Se não existir os números suficientes [de votos para aprovar a reforma], vamos tentar no ano que vem, sem grande problema. Em nenhum momento foi afirmado que será votado tal data”, acrescentou ele.
A data de votação da reforma da Previdência foi objeto de grande discussão nesta quarta-feira. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que votação da proposta de reforma da Previdência.
Entretanto, logo em seguida, o Palácio do Planalto divulgou uma nota na qual informou que o presidente Michel Temer ainda definirá com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), a data da votação.
Questionado sobre os impactos da demora na votação da reforma da Previdência no mercado finaneiro, o ministro Meirelles afirmou que vai ver como isso se reflete nos indicadores financeiros.
“Vamos olhar questão de confiança na economia. Temos de separar condições específicas do mercado, que é mais volátil, de alta frequência, do mercado cambial, da taxa de juros longa, mercado de capitais e risco país. Influencia de forma pronunciada porque é de alta frequência”, declarou.
Segundo ele, se a reforma não for aprovada em nenhum momento, será um evento negativo para a economia. “Mas e difícil mensurar quanto impacta o ano que vem. O outro governo já entraria com esse desafio enorme. Acreditamos na aprovação e vamos trabalhar para que seja na próxima semana”, concluiu ele.