Importação de veículos do México terá cotas móveis, confirma Pimentel

Murillo Camarotto

GOIANA (PE) – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, confirmou nesta quinta-feira a adoção de um sistema de cotas móveis para a importação de veículos do México.

Pelo acordo, firmado na quarta-feira, as exportações mexicanas serão limitadas ao valor médio verificado nos três anos anteriores. Em 2012, por exemplo, o volume não poderá ultrapassar US$ 1,45 bilhão, média anual registrada entre 2009 e 2011.

O sistema de importação de autopeças, segundo ele, continua inalterado. “Quando é bom para os dois lados, todo mundo sai satisfeito”, disse Pimentel, que revelou que o desejo inicial do governo brasileiro era de limitar as importações ao valor fixo de US$ 1,1 bilhão.

Durante o lançamento de uma fábrica de vidros planos em Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, o ministro afirmou que o acordo visa reduzir o déficit comercial com o México e garantir mercado para as montadoras instaladas no Brasil. Goiana receberá uma fábrica da Fiat, prevista para ficar pronta em 2014.

“Precisamos garantir que a fábrica da Fiat tenha mercado”, disse o ministro, que aproveitou a ocasião para rebater os que apontam um processo de desindustrialização no país.”

É verdade que a indústria tem dificuldades. Reconhecemos. Muitas vezes causadas pela concorrência desleal e pela taxa de juros. Mas digo a essas pessoas que visitem Pernambuco”, ironizou Pimentel.

Diversos veículos vendidos hoje no Brasil podem ficar mais caros se o governo decidir colocar fim ao acordo automotivo que mantém com o México. Fiat, Ford, General Motors, Honda e Nissan são algumas das montadoras que podem ser afetadas. Na foto, o modelo Sentra, da Nissan, que é importado daquele país