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Indústria precisa de 7,2 milhões de técnicos até 2015

A necessidade de mão de obra especializada na indústria é crescente. Até 2015, o País terá de formar 7,2 milhões de trabalhadores em cursos técnicos e de média qualificação para atuar em 177 ocupações industriais. Isso significa que a demanda por esses profissionais para os próximos três anos é 24% maior que a de 2008 a 2011, aponta o Mapa do Trabalho Industrial 2012 feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Serão 1,1 milhão de novas oportunidades de emprego até 2015 para os jovens que vão ingressar no mercado de trabalho, destaca Marcio Guerra Amorim, gerente executivo adjunto da Unidade de Estudos e Prospectiva do Senai.

Além disso, o setor deverá capacitar outros 6,1 milhões de trabalhadores para acompanhar os avanços tecnológicos e a evolução das normas de qualidade, regulamentações e certificações de produtos.

“Para elevar a competitividade da indústria é necessário atualizar também os trabalhadores que já estão no mercado”, afirma Amorim. “Os profissionais se beneficiam desse processo porque o conhecimento garante maior empregabilidade e ainda dá chance para galgarem novas posições”.

A maior necessidade de profissionais qualificados se concentra nas Regiões Sudeste (57,6%) e Sul (20,9%), especialmente nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. Pelo estudo, nas demais regiões, aparece na frente o Nordeste (11,9%) seguido pelo Centro-Oeste (5,5%) e Norte (4,1%).

A pesquisa indica que os cursos profissionalizantes de 200 a 400 horas serão os mais requisitados, com destaque para a preparação para indústria de alimentos e de operadores para o setor de vestuário. Os cursos técnicos com duração média de 18 a 24 meses com carga horária de 1.000 a 1.400 horas estarão voltados à formação de técnicos de controle de produção.

Novas vagas. As construtoras, fabricantes de veículos, indústrias de máquinas e equipamentos, indústrias de alimentos, bebidas e vestuário serão responsáveis por cerca de 50% das novas vagas, algo em torno de 600 mil postos de trabalho.

Entre os técnicos de nível médio, a ocupação que lidera a demanda, com mais de 16 mil vagas, é a de técnicos em construção civil, responsáveis por desenvolver levantamentos topográficos, elaborar planilhas de orçamento, inspecionar a qualidade de materiais e supervisionar as obras seguindo projetos e normas.

Depois, vem o técnico de controle de produção nas montadoras de veículos (9,5 mil). Esse profissional acompanha os processos de produção e suprimento de materiais, seguindo normas e especificações.

Operadores de máquinas de usinagem por controle numérico computadorizado (8,2 mil vagas) calculam e ajustam a alimentação e a velocidade das máquinas e o tamanho e a posição dos cortes para a criação de peças.

Entre os trabalhadores formados em cursos profissionalizantes, a maior demanda é por operadores de máquina de vestuário (25 mil vagas), seguidos por operadores de máquina de produtos plásticos e borracha (11 mil vagas) e marceneiros (10 mil).