Empresários da indústria brasileira e líderes sindicais vão se reunir nesta segunda-feira (9), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), para discutir a crise das fábricas e formas de ação unificada junto ao governo Dilma Rousseff e ao Congresso Nacional.
Um dos principais temas da reunião, convocada pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, será o manifesto fechado entre 39 entidades empresariais da indústria e cinco centrais sindicais. A maior parte das entidades que fazem parte do manifesto, como a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), participará da reunião. Outras, como a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), além da própria Fiesp, que estavam fora da chamada “coalizão capital-trabalho”, vão entrar para o grupo.
“A competitividade da indústria de transformação nacional está sendo destruída”, afirmam empresários e sindicalistas no manifesto, obtido pelo Estado. As entidades questionam a política de ajuste fiscal do governo, que tem elevado tributos, como a contribuição previdenciária que incide sobre o faturamento das empresas antes beneficiadas pela desoneração da folha de pagamentos. Há críticas também à política de juros do governo e um apelo para que a indústria volte a ser o foco das atenções.