Informalidade no Brasil atinge 58% dos trabalhadores

Comissão discute redução da informalidade

A informalidade no mercado de trabalho acontece em todos os países do mundo e no Brasil atinge cerca de 58% dos trabalhadores, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), informou Rosane Maia, coordenadora do projeto “Redução da Informalidade através do Diálogo Social”, desenvolvido pelo Dieese e financiado pelo BID (Banco Interamericano do Desenvolvimento).

A comissão que desenvolve o projeto reuniu-se ontem (dia 25), das 14h às 18h, na sede da Força Sindical. Participam da coordenação, as centrais sindicais, a Associação Nacional dos Fiscais da Previdência, os empresários e o governo (representantes dos Ministérios da Previdência, Planejamento, Desenvolvimento Social e Trabalho). A representante da Força Sindical é Ruth Coelho Monteiro, secretário da Cidadania e Direitos Humanos da Central.

O projeto é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo Ismael Gilio, especialista em setor privado da instituição, o BID se preocupa em desenvolver um diálogo social para aproximar os atores e construir uma proposta de redução da informalidade, que é um problema crônico, estrutural.

Para Rosane, é preciso sensibilizar as sociedades para os custos da informalidade e os benefícios da formalidade. “Quando começa a informalidade, todos pensam que estão ganhando no curto prazo, mas, a verdade é que no longo prazo, todos perdem: os trabalhadores, as empresas e o governo”. 

Ruth explica que “a ideia é reduzir a informalidade  através de legislação fiscal e previdenciária. Os trabalhadores seriam protegidos pela seguridade social (previdência, saúde e assistência social) e também contribuir com a previdência e pagar impostos”.

O desenvolvimento do projeto esta em curso nos seguintes projetos pilotos: construção civil (Paraná), confecção (Caruaru/PE), comércio (Porto Alegre) e agrícola (Goiás e Santa Catarina). Nestas experiências são analisadas quais trabalhadores poderão ser absorvidos pelo mercado de trabalho, quais deles poderão ser empreendedores ou formar cooperativas.

Por Assessoria de Imprensa da Força Sindical
www.fsindical.org.br