Atos serão realizados em todos Estados, de preferência em frente às federações das indústrias
No próximo dia 16, as centrais Força Sindical, CUT, UGT, CTB, Nova Central e CSB realizarão o Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e Garantia de Direitos. “Até a data marcada faremos uma ampla divulgação do documento que aprovamos no dia 26 de julho, no Espaço Hakka, em São Paulo”, declara Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical.
“Demos o primeiro passo no dia 26, mostrando à sociedade que estamos unidos para lutar pelos nossos direitos. Os trabalhadores já ouviram dos dirigentes de suas categorias as ideias do governo, de promover uma ampla reforma trabalhista com a retirada de direitos e um pacote contendo medidas antitrabalhistas defendido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), além de implantar a idade mínima para aposentadoria na reforma da Previdência. Estarrecidos, eles estão se manifestando contra as propostas. Por este motivo é fundamental entregar a eles o documento com nossas reivindicações para que, juntos, possamos lutar na defesa dos direitos e contra o desemprego que assola o País”, diz Paulinho.
“A organização do Dia Nacional de Mobilização e Luta está sob a responsabilidade das instâncias estaduais da central. Queremos um dia de protestos forte e nacional”, destaca João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força.
A realização do ato dependerá da atuação de cada central sindical. “Nossa intenção é realizar atos em frente às Federações das Indústrias como forma de protesto às palavras do presidente da CNI, Robson Andrade, que defende um pacote com mais de cinquenta projetos antitrabalhistas, além de ter proposto aumentar a jornada de trabalho para oitenta horas por semana”, afirma Juruna.
Estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que a redução da jornada leva ao aumento do emprego, o que é essencial para reativar a economia. “Lutamos pela elevação do número de empregos e por salários dignos”, diz Juruna.
De acordo com o documento divulgado pelas centrais, “todo esforço para defender o emprego será pouco diante do potencial desagregador que sua ausência significa”.
“O mercado interno”, diz o documento, “fundamental para o crescimento econômico, só se viabiliza se as pessoas estiverem empregadas e recebendo salários, o que prova a história recente do País. Além disto, quanto mais pessoas estiverem empregadas, maiores serão as possibilidades de financiamento da Previdência e Seguridade Social”.