São estarrecedoras as notícias recentes segundo as quais o mundo reúne hoje 202 milhões de desempregados e que apenas 85 ricaços concentram a mesma riqueza que os 3,5 bilhões de pessoas mais pobres do planeta.
O cenário mostra claramente que há um grande e perigoso desequilíbrio social no mundo.As desigualdades se agravaram, especialmente depois da crise financeira que começou em 2008.
Os trabalhadores, que têm propostas que visam o desenvolvimento, o crescimento econômico, a valorização do trabalho, a distribuição e o aumento da renda, precisam tomar decisões rápidas para enfrentar estes problemas.
Já que até agora não conseguimos avançar nas negociações com o governo, Congresso e empresários para emplacar as propostas da Pauta Trabalhista teremos de manter a unidade na luta e intensificar a pressão, promover grandes manifestações de massa e deflagrar greves para conquistar nossos objetivos.
Num ano de eleições, geralmente os políticos ficam mais sensíveis às causas trabalhistas. Vamos apostar também na negociação e, se possível, ampliar o nosso arco de aliança, reunindo em torno dele todas as forças interessadas em criar um país mais democrático e justo.
É o caso dos políticos comprometidos com os trabalhadores e com a grandeza do País, entidades de classe e parte dos governos (federal, estaduais e municipais) que fecham com o movimento sindical ou ao menos são simpáticos às propostas da Agenda da Classe Trabalhadora.
Assim, poderemos intensificar o combate à desigualdade para reduzir drasticamente a pobreza, apontando para todos que a riqueza de uma nação está no desenvolvimento, na valorização do trabalho, no investimento produtivo, na educação e na saúde.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes