Pré-candidata a presidente da República pelo PCdoB, Manuela D’Ávila esteve nesta terça, 17 de julho, na sede da Força Sindical, em São Paulo, para apresentar suas propostas de governo e debater com dirigentes sindicais as reivindicações da classe trabalhadora.
Manuela defendeu a convergência dos que defendem o Brasil e o fim das desigualdades, como atitude política de vencer as eleições 2018 e evitar que sejam eleitos os candidatos neoliberais que vão querer tirar mais direitos do povo trabalhador. “Precisamos estar unidos e construir um projeto de País com valorização do trabalho, que coloque no centro do programa a revogação da reforma trabalhista num debate com a população, para enfrentar o Congresso Nacional”.
Se eleita, ela diz que pretende investir em projetos de desenvolvimento na infra-estrutura e na industrialização, com valorização do trabalho, geração de empregos e melhorias nas condições de vida, renovar a política de valorização do salário mínimo e promover mudanças de interesse popular como, por exemplo, uma reforma tributária justa, que combata as desigualdades econômicas e sociais.
“No Brasil, o pobre paga mais impostos, por exemplo, ao comprar alimentos ou botijão de gás, e o rico não paga tributo ao adquirir um iate. Já na área da segurança, a violência atinge de forma mais intensa os mais pobres”.
Manuela defende a taxação das grandes fortunas, rendas e heranças, para que o Estado possa investir com esta arrecadação prioritariamente na saúde e na educação pública. Sobre Previdência, Manuela diz ser contra a reforma apresentada pelo governo atual e que o essencial para o sistema é combater a sonegação e a informalidade no mercado de trabalho.
“É preciso pensar em como tirar o Brasil da crise, valorizar o salário mínimo, a saúde, a segurança, combater a informalidade no trabalho, reduzir a jornada de trabalho e a desigualdade entre gêneros e a social”.
Depois de sua mensagem, a pré-candidata respondeu algumas perguntas do público presente, formado principalmente por dirigentes sindicais de entidades filiadas à Força Sindical.
Manuela disse, em resposta à Maria Auxiliadora dos Santos, secretária da Mulher da Força, que pretende adotar medidas para beneficiar as mulheres e reduzir a desigualdade. Presente ao encontro, o deputado federal Adalberto Galvão (PSB-BA) destacou a importância da candidatura de Manuela neste momento em que o País enfrenta uma forte onda reacionária.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes foi representado por diretores e assessores. O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, coordenou o debate juntamente com Sérgio Luiz Leite, o Serginho, primeiro secretário da central.
Juruna justificou a ausência do presidente interino Miguel Torres, que já tinha na agenda um debate na Força Sindical do Estado do Rio de Janeiro, e reafirmou o caráter democrático da central em ouvir todos os pré-candidatos à presidência da República. Juruna sugeriu a realização de uma ampla campanha de esclarecimento para que as pessoas não votem em branco ou anulem o voto.