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Máquina para produzir, não para acidentar!

“Vivemos um momento de expectativas otimistas na prevenção dos acidentes com máquinas e equipamentos, face ao renascimento da NR 12, elaborada dentro de uma cultura tripartite, que respalda os interesses da sociedade organizada.

Sabemos que há ainda muito para fazer, mas conseguimos alcançar os objetivos e metas que traçamos, o que para nós foi uma vitória, focada na luta pela qualidade de vida – dentro e fora do local de trabalho -, priorizando a prevenção aos acidentes com máquinas e equipamentos, que tem embasado, de forma permanente, todo o nosso compromisso.

Por isso, continuaremos nossas negociações e discussões tripartites, integradas pelo patronato e os técnicos do Ministério do Trabalho; daremos continuidade à Convenção Coletiva de Prensas e Similares, e à CPN-IM (Comissão Permanente de Negociação da Indústria Metalúrgica), atualmente transformada num grupo lapidado e nobre, onde o centro das discussões é a prevenção dos acidentes em máquinas e a sua divulgação.

Dentro dessa lógica, e, contribuindo para a difusão dos conceitos estabelecidos nesta linha, nosso Sindicato realizou no dia 10 de setembro, o 10º ENCIMESP -Encontro de Cipeiros Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes-, com a participação inclusive de membros da CPN-IM.

O ENCIMESP tornou-se uma tradição entre trabalhadores metalúrgicos, sindicalistas, técnicos e todos aqueles que, de uma forma ou outra, participam das ações em prol da segurança e saúde do trabalhador. Este trabalho, além dos trabalhadores cipeiros, contou também com a participação de grande número de técnicos de segurança do trabalho, mostrando o interesse pelo assunto.

Relembramos que o primeiro encontro aconteceu em 21 de fevereiro de 1987 e, ao longo dos anos, milhares de trabalhadores, cipeiros, técnicos, autoridades, sindicalistas e estudantes participaram das suas edições, que muito contribuíram para a segurança e a saúde do trabalhador até os dias de hoje.

Nosso Sindicato há muito vem se preocupando com a proteção voltada ao trabalho com máquinas e equipamentos e a consequente busca pela adequação destas máquinas perigosas que mutilam inúmeros trabalhadores, causando prejuízos à vítimas, à estrutura familiar, à empresa e ao País, marcado pela sorte dos acidentes que tem gerado.

Com orgulho lembro que fomos pioneiros na implantação de um grande acordo que deu origem à Convenção Coletiva de Prensas e Similares, marco importante na revolução da prevenção de acidentes para máquinas e equipamentos em nosso País, hoje referência nacional.

Sobre a questão da proteção de máquinas no Brasil,todos sabem que contamos atualmente com a NR 12 (em fase de reestruturação), com a Nota Técnica nº 16/2005 do Ministério do Trabalho e Emprego e, para o estado de São Paulo, os trabalhadores metalúrgicos dispõem também da Convenção Coletiva de Trabalho (prensas e similares), importante documento legal na adequação de máquinas e equipamentos.

No entanto, a sociedade aguarda com atenção a finalização da NR 12, que será mais abrangente, moderna e atualizada em função das necessidades da indústria de transformação atual.  Esta norma irá contribuir não somente para o estado de São Paulo, mas para todo o Brasil, e não exclusivamente para os trabalhadores metalúrgicos, mas aos sapateiros, marceneiros, supermercadistas, padeiros, açougueiros, gráficos, papeleiros, têxteis, e muito outros.

​Esperamos que num futuro não muito distante nosso imenso parque industrial esteja bem mais adequado, permitindo o trabalho saudável e seguro, com a certeza de que máquina foi feita para produzir, não para acidentar!”

Luis Carlos de Oliveira (Luisinho), diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e coordenador do DSST