O movimento sindical brasileiro tem destacado-se como o único no mundo inteiro a fazer grandes mobilizações organizadas em defesa dos interesses econômicos, políticos e sociais da classe trabalhadora, com amplo alcance para a sociedade em geral.
Exemplo recente deste protagonismo foi a 7ª Marcha realizada pelas centrais sindicais em Brasília, no último dia 6 de março, com mais de 60 mil manifestantes, de diferentes categorias, liderados por aproximadamente 6 mil pessoas com mandato sindical, com representantes sendo respeitosamente recebidos pela presidenta da República e pelos presidentes da Câmara Federal, do Senado e do Supremo Tribunal Federal.
De forma pacífica e unitária, os participantes deram a mais vigorosa demonstração de força em defesa das exigências dos trabalhadores por desenvolvimento, cidadania, valorização do trabalho e mais investimentos em educação. Apresentamos, enfim, uma pauta realista, propositiva e exequível. Vale lembrar que nas marchas anteriores conquistamos, por exemplo, uma política de valorização do salário mínimo que até hoje tem ajudado o País a enfrentar as consequências da ainda persistente crise financeira global.
Na 7ª Marcha mostramos novamente à sociedade e à classe política nossa disposição em continuar colaborando com um projeto nacional de investimentos no setor produtivo, na indústria nacional, na educação, na saúde e na reforma agrária. Para que isto possa ser concretizado, gerando emprego e renda, não basta ouvir apenas o lado empresarial. Os interesses coletivos são reivindicados com muito mais eficiência, clareza e sensibilidade social por quem acompanha o dia a dia dos cidadãos e da classe trabalhadora no chão de fábrica.
O movimento sindical brasileiro é sério, maduro, responsável. Fez um grande evento em Brasília, foi recebido pelos três poderes e continuará nas ruas exigindo diálogo sobre os rumos do País e lutando por um Brasil melhor para todos.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos e vice-presidente da Força Sindical