Os trabalhadores da Mitsubishi de Catalão (GO) entraram em greve na madrugada de hoje contra a postura da montadora de querer afastar o Sindicato das negociações de PLR e da campanha salarial e impor mudanças nas relações de trabalho.
A greve tem o apoio do presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, que desde ontem está em Catalão, junto com os diretores Teco e Zé Luiz e do assessor Claudonai, bem como de sindicalistas de Guarulhos, Curitiba, Itumbiara, Anápolis e do UAW (Sindicato dos Metalúrgicos dos Estados Unidos).
Carlos Albino, presidente do Simecat (Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão), lidera a mobilização.
Hoje de manhã, em assembleia com os cerca de 2 mil trabalhadores da
empresa, Miguel Torres pediu unidade na luta.
“Ao longo dos anos construímos uma história de conquistas e, agora, querem destruir o Sindicato e jogar os trabalhadores contra o movimento sindical. Vale lembrar que sem o movimento sindical é o que existe é trabalho escravo, sem o movimento sindical não há direitos, não há conquistas”, disse Miguel Torres, reforçando que “para os trabalhadores só a luta faz a lei; para os empresários quem faz a lei é o dinheiro, para o Temer, quem faz a lei é ele, porque ele compra; então, nós temos que nos manter unidos e continuar lutando porque é a vida do trabalhador que está em risco”.
Diante da forte mobilização, a empresa chamou para conversar.
A greve continua!