Cerca de 5 mil trabalhadores metalúrgicos da capital e de Mogi das Cruzes participaram da assembleia-geral de abertura da Campanha Salarial 2017 e aprovaram a Pauta de Reivindicações que será entregue a Fiesp e demais grupos patronais para negociação.
A assembleia foi convocada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e realizada nesta sexta-feira (15), na rua do Sindicato, na Liberdade.
A categoria vai lutar por aumento real de salário, pela valorização dos pisos e manutenção de todas as cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho, entre elas, a estabilidade para os trabalhadores acidentados no trabalho e com doença profissional e aqueles próximos da aposentadoria.
O documento, com mais de 160 cláusulas, inclui direitos tirados pela nova lei (reforma) trabalhista.
“A campanha vai ser muito difícil e vai testar a coragem dos metalúrgicos. Temos o dever de não arriar e reconquistar o que a lei tirou. Nunca fugimos da luta. O patronato aprovou na reforma que o negociado tem que prevalecer sobre o legislado, então, vamos negociar e restabelecer todos os direitos tirados pela lei, com todas as garantias sociais, a representação sindical e o fortalecimento do sindicato”, afirmou o presidente do Sindicato, Miguel Torres.
O presidente propôs também, e a assembleia aprovou, a realização de uma paralisação nacional no dia 10 de novembro, um dia antes da entrada em vigor da nova lei (reforma) trabalhista aprovada no Congresso Nacional.
A proposta da greve nacional está sendo defendida pela Força Sindical e demais centrais e vai envolver todas as demais categorias profissionais.
A campanha é unificada. Reúne 53 sindicatos de metalúrgicos ligados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e à Força Sindical, que representam cerca de 690 mil trabalhadores. A data-base é 1º de novembro.