Por G1 SP, São Paulo
A Força Sindical e o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo realizam nesta segunda-feira (19) um ato em repúdio ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. O protesto, que começou às 06h30, começou na Rua São Leopoldo, no Belenzinho, Zona Leste de São Paulo. Por volta de 08h10, os manifestantes caminharam para o viaduto Guadalajara, que está totalmente interditado.
Os sindicalistas distruibuíram uma fita preta para cada trabalhador em homenagem às vítimas. Neste domingo (18), houve protesto por Marielle na Avenida Paulista, o segundo na via em homenagem à vereadora.
Também neste domingo, a cantora Katy Perry homenageou a vereadora Marielle e Anderson durante show na Praça da Apoteose, no Centro do Rio. Uma foto de Marielle foi projetada em um telão e a artista norte-americana recebeu a irmã e a filha da vereadora no palco. Após abraçá-las, Katy ficou entre as duas e pediu um momento de silêncio para homenagear a parlamentar.
Em São Paulo, Mano Brown e Liniker fizeram um show surpresa no Capão Redondo, na Zona Sul. Durante a apresentação dos músicos, que estarão no Lollapalooza 2018, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem à vereadora Marielle.
Marielle foi morta a tiros na noite de quarta-feira (14) no Centro do Rio. A principal hipótese da polícia é de execução. Veja o que se sabe sobre o caso:
Morte
A vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) foi morta a tiros na noite de quarta-feira (14) no centro da cidade. O motorista do carro, Anderson Pedro Gomes, também morreu. A principal hipótese da polícia é de execução. Veja o que se sabe sobre o caso:
- Por volta das 19h, Marielle chega à Casa das Pretas, na Rua dos Inválidos, na Lapa, para mediar um debate promovido pelo Psol com jovens negras.
- Segundo imagens obtidas pela polícia, um Cobalt com placa de Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, está parado próximo ao local. Quando Marielle chega, um homem sai do carro e fala ao celular.
- Por volta das 21h, Marielle deixa a Casa das Pretas com uma assessora e Anderson. Pouco depois, um Cobalt também sai e segue o carro de Marielle.
- No meio do trajeto, um outro carro, de características ainda não divulgadas, se junta ao Cobalt na perseguição ao veículo de Marielle.
- Por volta das 21h30, na Rua Joaquim Paralhes, no Estácio, um veículos emparelha com o carro de Marielle e faz 13 disparos: 9 acertam a lataria e 4, o vidro.
- Marielle e Anderson são baleados e morrem.
- A vereadora foi atingida por 4 tiros na cabeça.
- Anderson levou ao menos 3 tiros nas costas.
- A assessora é atingidas por estilhaços, levada a um hospital e liberada.
- A arma foi uma pistola 9 mm, e os tiros foram disparados a uma distância de 2 metros.
- A munição pertencia a um lote vendido para a Polícia Federal de Brasília em 2006. A polícia recuperou 9 cápsulas no local do crime.
- Ministro da Segurança diz que balas foram roubadas na sede dos Correios na Paraíba, anos atrás.
- O lote é o mesmo de parte das balas utilizadas na maior chacina do estado de São Paulo, em 2015, e também nos assassinatos de 5 pessoas em guerras de facções de traficantes em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
- Para a polícia, os assassinos observaram Marielle antes do crime, porque sabiam exatamente a posição dela dentro do carro. A vereadora estava sentada no banco traseiro – algo que não costumava fazer – e o veículo tem vidros escurecidos.
- A polícia acredita que o carro dela foi perseguido por cerca de 4 km.
- Os criminosos fugiram sem levar nada.
- Até o momento, a polícia ouviu duas testemunhas: a assessora de Marielle e uma segunda, não identificada.
- A polícia já tem imagens de câmeras de segurança.
MORTE DA VEREADORA MARIELLE FRANCO
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