Seminário pleiteia a retomada do desenvolvimento, a valorização da indústria nacional e a renovação da frota automotiva

Os metalúrgicos decidiram intensificar, por todo o País, a luta pela manutenção dos empregos e pela retomada do desenvolvimento, com valorização da indústria nacional e do mundo do trabalho. A decisão foi tomada por mais de duzentos dirigentes das 156 entidades (147 Sindicatos e 9 Federações) filiadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM/Força Sindical), que representam cerca de 1,2 milhão de trabalhadores, no Seminário Nacional do Setor Metalúrgico, realizado em São Paulo nos dias 7 e 8.

“O Seminário foi muito expressivo, tanto pela qualidade das palestras quanto pelo alto nível dos debates em busca do fortalecimento das ações da Confederação, das Federações e Sindicatos filiados em defesa dos direitos trabalhistas e dos empregos na base metalúrgica”, afirma Miguel Torres, presidente da CNTM e da Força Sindical.

Uma das propostas dos trabalhadores é o desenvolvimento de um programa nacional de renovação da frota automotiva, com incentivos fiscais para a compra de carros, caminhões, ônibus e tratores. No atual momento econômico, esta alternativa seria capaz de reerguer uma grande cadeia produtiva do setor industrial.

Antonio Corrêa Lacerda, professor-doutor de Economia da PUC/SP, abordou no Seminário o tema “O Brasil diante da desindustrialização e o ajuste fiscal”. Para ele “o que o Brasil precisa, e tem condições de fazer, é investir na indústria e na qualificação dos trabalhadores, garantindo a retomada do desenvolvimento econômico”.

Mônica Veloso, vice-presidente da CNTM, falou sobre “Redes Sindicais e Fortalecimento da Ação Sindical”. “Desempenho da Indústria Metalúrgica no Brasil” foi o tema da palestra de Altair Garcia, da subseção do Dieese da Força Sindical.

Antônio Augusto de Queiroz, analista político e diretor de Documentação do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), falou sobre a “Pauta Trabalhista e os Desafios do Movimento Sindical em Ambiente de Crise”. Para ele, é fundamental o movimento sindical definir “diretrizes” para ter mais visibilidade perante a sociedade, e mais representatividade no Congresso Nacional para defender os interesses dos trabalhadores.

O jornalista Marco Damiani apresentou o site www.br2pontos.com, e o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Carlos Aparício Clemente, falou sobre a luta do movimento sindical em defesa do emprego para pessoas com deficiências e a lei de cotas.