Após greve dos metalúrgicos, MAFLOW decide respeitar Assembleia e descontar contribuição

Empresa queria passar lista interna de assinatura para o desconto sindical. Postura que foi repudiada em porta de fábrica pelos trabalhadores

Após a greve deflagrada ontem os metalúrgicos da Maflow, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), conseguiram reverter a decisão da empresa em passar uma lista interna para que cada trabalhador assinasse a autorização do desconto sindical.

A atitude não respeitava a assembleia geral do dia 29 de janeiro e também da ratificação em assembleia liderada pelo SMC no ultimo dia 8 de fevereiro na Maflow. A empresa informou a mudança de postura em carta enviada hoje ao Sindicato. Com isso os trabalhadores retornaram a linha de produção.

Decisão da empresa foi informada aos trabalhadores nesta manhã pelo SMC

A mobilização demonstrada em porta de fábrica reforça a linha do Sindicato de que metalúrgicos de empresas que não respeitarem a decisão das assembleias podem realizar greve.

“Entendemos que as decisões de assembleias são decisões expressas, tanto para uma pauta de reivindicações quanto para uma decisão de desconto, e tem que ser respeitadas pelas empresas, não facultando a elas aceitar ou não o que é decidido, destaca Sérgio Butka, presidente do SMC.

A Maflow emprega 110 trabalhadores, produz peças para a Volkswagen e Scania, e segundo informações do chão de fábrica, sua produção esta em alta, necessitando até hora extra.

Acordos de data-base e PLR

Embora a questão da contribuição esteja resolvida, os metalúrgicos da Maflow continuam mobilizados pela data-base e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Após a greve a Maflow também enviou carta ao SMC se comprometendo até o próximo dia 17 em apresentar proposta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a ser votada em assembleia no dia 19 de março. A empresa também garantiu no documento o pagamento da 1ª parcela da PLR até o final deste mês.

Veja abaixo as cartas enviadas pela empresa ao SMC.

 

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