A solução para o déficit de fiscais na Gerência Regional do Trabalho de Osasco e Região e para a melhoria nas atividades do Ministério do Trabalho no país como um todo passa por duas providências: realização de concursos públicos e modernização da infraestrutura.
Essas são as providências defendidas pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, que nesta segunda-feira, 30, ouviu de sindicalistas da região de Osasco uma série de críticas a falta de estrutura do órgão para fiscalização de condições de saúde e de segurança na região, em reunião na sede do Sindicato.
“A solução é pressão por concursos”, sugeriu o ministro. Hoje, são oito auditores fiscais do trabalho na Gerência de Osasco, quando o ideal seriam 63, de acordo com levantamento realizado pelo movimento sindical da região, que foi entregue ao ministro pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Jorge Nazareno.
Uma das consequências é o aumento no número de acidentes. Entre os metalúrgicos acontece um acidente grave ou fatal a cada 15 dias.
Além disso, a Gerência funciona em instalações precárias. “Se o senhor fosse auditor, interditaria a sede da Gerência”, alfinetou o presidente do Cisssor (Conselho Intersindical de Saúde e Seguridade Social), João Elias de Gois.
Manoel Dias disse que está previsto a realização de um concurso público para contratação de 846 servidores. Também disse que vai redirecionar os cerca de 700 mil auditores que executam tarefas administrativas para as rotinas de fiscalização. Mas, o ministro concordou que o órgão está debilitado. “Temos de recuperar o protagonismo do Ministério do Trabalho que desde a ditadura estão tentando acabar”, defendeu.
Por Cristiane Alves
ASSESSORIA DE IMPRENSA