Miguel Torres critica deputados que aprovaram veto ao reajuste dos aposentados pelo percentual do mínimo

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“Insensiblidade social!” A crítica vem do presidente da Força Sindical, Miguel Torres, sobre os deputados que votaram pela manutenção do veto ao reajuste dos benefícios dos aposentados pelo mesmo percentual aplicado ao salário mínimo.

Segundo o sindicalista, alguns deputados viraram as costas para os aposentados e pensionistas. “Eles negaram um reajuste digno para quem ajudou a construir este País”, ressaltou. O presidente da Força ressaltou, também, que a volta da inflação prejudica muito os aposentados que, como não terão aumento, terão seus rendimentos achatados.

Ontem, 211 deputados votaram pela derrubada do veto e 160 foram favoráveis. Eram necessários 257 votos para derrubar o veto presidencial. Como o veto foi mantido pelos deputados, não houve necessidade de votação entre os senadores.

Vale lembrar que, ao sancionar o projeto de lei de conversão da Medida Provisória 672/15, convertendo-a na Lei 13.152/15, a presidenta Dilma Rousseff vetou a extensão da atual política de valorização do salário mínimo às aposentadorias e pensões maiores que um mínimo. Para o salário mínimo, a regra vigente foi prorrogada até 2019.

Desta forma, aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo continuarão contando apenas com a reposição da inflação, sem nenhum ganho real.

O salário mínimo é reajustado pela variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior.

O reajuste aprovado pela Câmara foi ratificado pelo plenário do Senado em julho deste ano. Na oportunidade, a discussão da medida provisória gerou debates acalorados. O governo não queria a aprovação do texto com a emenda da Câmara, que estendia aos aposentados o direito ao mesmo reajuste do salário mínimo concedido aos trabalhadores, alegando que causaria um grande impacto sobre as contas da Previdência.