O presidente do Sindicato e da CNTM e vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, e toda a diretoria e assessoria do Sindicato, participaram, nesta sexta-feira (12), do 8º Congresso Estadual da Força Sindical do Estado de São Paulo, realizado em Piracicaba, no Clube dos Metalúrgicos do município.
O congresso reuniu cerca de 1.200 delegados sindicais de várias categorias e, entre outros temas de cidadania, debateu a “resistência” contra as reformas trabalhista e previdenciária, que tiram direitos, em andamento no Congresso Nacional, organização sindical e a política internacional da Central.
Pressão no Congresso
“É importante cada entidade se mobilizar. As manifestações do dia 15 de março e a greve geral do dia 28 de abril mostraram que o movimento sindical está de pé e não vai aceitar estas reformas que o governo quer passar. Temos que manter a mobilização. O Paulinho e o Bebeto (deputados federais) estão trabalhando no Congresso junto com outros parlamentares aliados e nós temos que dar força a eles e pressionar muito para impedir que as reformas avancem”, disse Miguel Torres.
Conquistas de 100 anos de luta
Para o presidente, é preciso garantir as conquistas da classe trabalhadora.
“Há 100 anos, um grupo de trabalhadores enfrentou o sistema da época e deu início às conquistas que temos hoje, como jornada de trabalho de oito horas, melhoria das condições de trabalho, regulamentação do trabalho da mulher, proibição do trabalho infantil. Avançamos com a regulamentação dos sindicatos, a criação da CLT, a conquista do 13º. A luta dos últimos 100 anos foi de resistência e conquista. O que está sendo posto agora é retrocesso, é aumento da jornada, menos direitos, fim da representação sindical e do equilíbrio financeiro das entidades. Estamos sendo chamados à luta para não termos perdas e o futuro do País não ser precário. O movimento sindical tem que reagir mais do que fez até agora, mobilizar mais”, enfatizou Miguel Torres.
Vigília e acampamento
O presidente também defendeu a unidade as centrais e todos em Brasília. “As centrais sindicais tiraram uma pauta para Brasília, de vigília e marcha, mas temos que fazer mais, temos que acampar em Brasília para mostrar ao governo, deputados e senadores que os trabalhadores estão de olho e não vão aceitar a retirada de direitos. Os metalúrgicos estão discutindo com outras entidades sindicais e se organizando para acampar em Brasília”, afirmou Miguel Torres.
O presidente da Força Sindical, deputado Paulinho, o secretário-geral da Central, Juruna, e outras lideranças também defenderam a unidade e intensificar a pressão e a mobilização contras as reformas.
Danilo reeleito
O Congresso foi coordenado pelo companheiro Danilo Pereira, que foi reeleito presidente da Força São Paulo. O vice será Carlos Vicente, da alimentação.
Diretores eleitos
Onze diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes foram eleitos para a diretoria da Força São Paulo. São eles, Carlão, Rodrigo de Morais, Zé Silva, Yara, Alsira, Ester, Xepa, Ortiz, Adriano Lateri, Cláudio Prado e Eufrozino Pereira.
Representação
A Força SP representa 15 categorias no Estado, com cerca de 500 sindicatos filiados, com mais de quatro milhões de trabalhadores nas suas bases, de importantes segmentos industriais, como metalúrgicos, químicos e alimentação; nos serviços, como vigilância, transporte de valores e portos, entre outros.