FOLHA DE SÃO PAULO
Em meio às fracas vendas de veículos, uma nova onda de planos de demissão voluntária (PDV) e de paradas de produção começa a ser implementada pelas montadoras.
Em São José dos Pinhais (PR), a Renault mantém PDV aberto desde o dia 22.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, a empresa quer cortar entre 900 e 1.000 funcionários.
A Renault afirma que o corte proposto busca “reajustar a produção em razão da desaceleração das exportações e do desaquecimento do mercado interno”.
Além dos benefícios garantidos por lei, cada trabalhador receberá um salário nominal por ano completo trabalhado e extensão de seis meses do plano de saúde.
Na GM, um novo plano de demissão deve ser apresentado aos funcionários entre esta sexta (30) e o início da próxima semana. A informação foi confirmada pelos sindicatos de São Caetano do Sul (Grande São Paulo) e de São José dos Campos (a 97 km de São Paulo).
Segundo os sindicalistas, o objetivo é cortar cerca de 1.500 postos de trabalho na soma das duas unidades. As entidades disseram também que haverá um período de 30 dias de férias coletivas com início após o Carnaval. Consultada, a empresa não quis comentar o assunto.
A Folha apurou ainda que a VW deve encerrar as atividades do terceiro turno da fábrica de Taubaté (a 140 km de São Paulo). A montadora não confirma a informação.
Em Resende (RJ), a MAN está avaliando a concessão de férias coletivas para os trabalhadores de sua linha de produção. A empresa permanece com um PDV aberto.