Fale com o Presidente Miguel Torres
11 3388.1073 Central de Atendimento 11 3388.1073

Miguel Torres participa de seminário da UGT-SP sobre negociação coletiva e contribuição

A União Geral dos Trabalhadores do Estado de São Paulo (UGT-SP), sob a presidência interina de Amauri Mortágua, está realizando nesta segunda, terça e quarta-feira, no Centro de Lazer da Fecomerciários, em Praia Grande, um Seminário para discutir o movimento sindical, negociação coletiva pós-reforma trabalhista para o fechamento de convenções coletivas fortes e o custeio sindical.

O presidente interino da Força Sindical, Miguel Torres, também presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi e da CNTM, participou da abertura e defendeu a unidade de ação sindical como demonstração de força perante o setor patronal e de representatividade cada vez maior e melhor dos trabalhadores representados.

“Nossas lutas de resistência são fundamentais para combater a ideia de isolamento do trabalhador nas relações de trabalho e garantir a manutenção das estruturas de lutas do movimento sindical em defesa dos empregos, da retomada do desenvolvimento, da aposentadoria e dos direitos da classe trabalhadora”, disse Miguel Torres.

Miguel seguiu o seu discurso dizendo:
“O País está numa crise estrutural, que está invertendo o papel das instituições, que contra o trabalhador e o movimento sindical tudo pode, contra os poderosos nem tudo pode. E nisto, o movimento sindical tem que ter cabeça e serenidade de buscar unidade o máximo que puder. Neste segundo semestre, grandes categorias estarão em campanha salarial, no contexto da reforma trabalhista, uma reforma que foi propagandeada como geradora de emprego, que iria melhorar a relação entre capital e trabalho e o que vimos foi o contrário, gerou um abismo entre os trabalhadores e os seus direitos. E temos que estar muito bem preparados para enfrentar esta jornada.
O movimento sindical tem que estar unido e essa unidade se prega no dia a dia, na solidariedade, na luta, nas assembleias, na demonstração de unidade perante o patronato, que já está unido há muito tempo, que trabalha unido há muito tempo. Então temos que ter muita clareza neste momento e esta é nossa responsabilidade, de representar cada vez mais e melhor o nosso trabalhador, que vai passar por muitas dificuldades se a gente não conseguir fazer uma campanha salarial que garanta seus direitos e impeça a aplicação da legislação trabalhista.
Os jornais estão trazendo que o patronato está querendo aprofundar na reforma trabalhista, que é cada vez mais o individualismo na relação capital e trabalho. Tudo o que era coletivo e se discutia com a categoria estão tornando individual, para deixar o trabalhador isolado na frente da representação patronal. Temos que ter resistência neste momento. Vai vim pau de todo lado. Não podemos abaixar a cabeça, porque isso que estão tentando fazer é para diminuir os sindicatos perante suas categorias, pra mostrar que os sindicatos não precisam de custeio ou que o custeio que está sendo proposto é muito maior. Então, temos que ter essa coragem de defender nas nossas bases a necessidade de que o custeio seja pago e praticado por todos os trabalhadores que representamos. Se não fizermos isso vamos entrar no jogo do patronato, de dividir cada vez mais os trabalhadores.”

O evento conta com a participação de dirigentes sindicais de várias categorias filiadas à UGT, professores, cientistas sociais, juízes, desembargadores, procuradores do Trabalho e advogados e terá suas discussões encaminhadas por meio de estudos temáticos, com supervisão do Dieese.

Luiz Carlos Mota, presidente licenciado da UGT/SP, e Miguel Torres, no Centro de Lazer da Fecomerciários, em Praia Grande, local do Seminário