Renda média dos homens foi de R$ 1.987 e das mulheres, R$ 1.480.
Menor diferencial foi observado em Roraima, 88,8%, e maior no MS, 65,1%.
As mulheres continuaram a receber salários menores que os dos homens em 2014. A diferença, no entanto, diminuiu, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, elas receberam em média 74,5% da renda dos homens – em 2013 o percentual era 73,5%.
“A gente vê que ainda tem mulheres trabalhando com rendimentos mais baixos do que os homens. Isso, sem entrar no mérito do tipo de ocupação e da carga horária”, ressaltou Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad.
Segundo o levantamento, o rendimento médio de homens de 15 anos ou mais foi R$ 1.987 no ano passado. Já o das mulheres da mesma faixa etária ficou em R$ 1.480.
Em Roraima, contudo, a desigualdade entre as rendas foi menor. Lá, as mulheres receberam 88,8% do rendimento de trabalho dos homens. Já a maior diferença de salário entre os dois sexos foi registrada em Mato Grosso do Sul, onde o rendimento delas equivaleu a 65,1% do recebido por eles.
Em média, os salários no Distrito Federal são os maiores, considerando tanto homens e mulheres. No DF, o rendiment médio é de R$ 3.258 para homens e de R$ 2.927 para as mulheres.
O maior crescimento da renda média dos homens aconteceu no Acre: no estado, eles passaram a ganhar 11% a mais de 2013 para 2014 (de R$ 1.440 para R$ 1.599). Já a renda das mulheres cresceu mais no Espírito Santo – uma alta de 8,8%, passando de R$ 1.311 para R$ 1.426.
Desigualdade
O Índice de Gini, que mede o nível de desigualdade no país, mostrou que a distribuição do rendimento médio mensal de todos os trabalhos foi mais desigual entre os homens, 0,491, do que entre as mulheres, 0,474. O valor desse índice varia de zero (a perfeita igualdade) até um (a desigualdade máxima).
Os maiores níveis de centralização da renda entre homens ocupados foram observados no Piauí, 0,542, e no Distrito Federal, 0,541. Os menores níveis, contudo, ocorreram em Santa Catarina, 0,416 e no Amapá, 0,417.
“Entre as mulheres ocupadas, o maior nível de desigualdade no rendimento foi encontrado no Distrito Federal (0,547), e o menor nível, em Santa Catarina (0,388), ressaltou a pesquisa.
Salário mínimo
A diferença de renda entre os sexos também foi observada entre aqueles que receberam até um salário mínimo. Enquanto 21,5% dos homens ocupados tiveram esse rendimento, o percentual entre as mulheres chegou a 30,6%.
“Além disso, havia proporcionalmente mais mulheres ocupadas sem rendimento ou recebendo somente em benefícios (9,8%) do que homens (5%)”, informou a pesquisa.