Nível de emprego é bom, mas falta técnico

Secretário defende a entrada dos jovens no mercado de trabalho ainda durante o período dos estudos

Divulgação/SERT 

Tadeu Morais disse que 80% dos alunos de
cursos técnicos conseguem emprego

POR: João Carlos Moreira – Diário de S.Paulo
jcmoreira@diariosp.com.br

O nível de emprego no estado de São Paulo é bom, embora o mercado de trabalho paulista se ressinta da falta de mão de obra qualificada para áreas técnicas. A avaliação é do secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, Tadeu Morais, que entende que o problema da escassez de profissionais técnicos ocorre em todo o país e é um desafio a ser enfrentado pelos governos.

“O nível de emprego é positivo no estado e no Brasil, mas temos de qualificar os jovens e trabalhadores para um mercado mais competitivo”, afirmou o secretário.

Segundo Morais, o estado vive uma situação de pleno emprego, com oferta crescente de oportunidades de trabalho nos PATs (Postos de Atendimento ao Trabalhador), programa em parceria com as prefeituras.

“As vagas aumentam semanalmente, seja em empresas privadas ou por meio de iniciativas públicas, como é o caso do Metrô, que abriu oito mil vagas recentemente”, disse ele.

Há dificuldades, porém, com a inserção do jovem no mercado e a recolocação profissional dos mais velhos, principalmente nas funções mais técnicas. Para enfrentar o problema, a secretaria do emprego mantém uma série de iniciativas, como o PEQ (Programa Estadual de Qualificação Profissional), o Via Rápida Emprego e o Time do Emprego.

“Só o PEQ está qualificando neste ano cerca de 10 mil pessoas em cursos técnicos. Também cadastramos os alunos das Etecs (Escolas Técnicas) e Fatecs (Faculdades de Tecnologia) para as empresas. De cada dez estudantes, oito saem do curso empregados”, explicou o secretário.

tardio /Morais disse que, além da qualificação da mão de obra, também é importante para o jovem entrar no mercado de trabalho ainda como estudante, para ganhar experiência e conhecimento da atividade.

“Ao entrar no mercado de trabalho tardiamente, o jovem muito despreparado acaba frustrado. Ele precisa entender da área onde vai atuar, precisa fazer a diferença para ter um ganho maior. Tudo isso só se aprende na prática, na rotina do trabalho”, afirmou.

Segundo ele, somente a mudança da cultura que leva o jovem muito tarde para a vida produtiva é ajudar o futuro profissional.