Cerca de 250 trabalhadores metalúrgicos com idades entre 20 e 35 anos participam do 4º Encontro de Jovens Metalúrgicos que está sendo realizado nesta sexta-feira (18), no auditório do Sindicato, na Liberdade. O encontro foi organizado pelo Departamento da Juventude, com apoio de toda a diretoria e assessoria.
Os jovens foram saudados pelos coordenadores do Departamento, diretores Jefferson, Rodrigo, Emerson e Alemão, pela diretora financeira, Elza Costa; pelo secretário-geral, Arakém, demais diretores presentes, e pelo presidente Miguel Torres, por meio de uma mensagem de otimismo e valorização pela participação no evento. A maioria está participando pela primeira vez de um encontro de jovens do Sindicato.
Vídeos- Pela manhã, a moçada assistiu a três vídeos: o primeiro, “O Riso dos Outros”, sobre preconceito com relação às diferenças; o segundo, institucional, que mostra as lutas do Sindicato por direitos, por sua manutenção, por justiça e respeito aos trabalhadores, os protestos nas ruas contra as investidas patronais e governamentais contra os direitos trabalhistas e previdenciários.
Antes de assistir o terceiro vídeo, sobre movimentos sociais, os trabalhadores ouviram uma palestra com o professor de história Samuel Souza, do Dieese (departamento econômico do Sindicato). Ele fez uma abordagem sobre a história do Sindicato, fundado em 1932, suas lutas ao longo dos anos, que resultaram na conquista de muitos direitos e benefícios para os trabalhadores; sua “postura política aguerrida” que o levou a sofrer intervenção e ter sua diretoria cassada.
Samuel lembrou que quando o trabalhador é admitido numa empresa ele recebe uniforme, cesta básica, vale-transporte, vale-refeição, PLR e acha que a empresa é que dá tudo isso. “Esses benefícios foram conquistados com muita luta dos trabalhadores e dos sindicatos”.
Depois Samuel perguntou aos jovens: “Vocês acham que esta instituição é velha? Quem envelhece são as pessoas, não as instituições. Se as instituições servem aos seus propósitos, elas duram, e vocês vão assumir esta instituição”, afirmou.
O professor falou sobre a “rebeldia” da juventude para enfrentar e mudar a sociedade e que “o caminho para transformar se constrói de maneira coletiva”. Depois, os participantes assistiram o vídeo “Junho, o mês que abalou o Brasil”, sobre as manifestações do Movimento Passe Livre contra o aumento da passagem de ônibus, na época de R$ 3,00 para R$ 3,20, que depois foram ampliadas contra as obras da Copa e a política do país, e da repressão militar ao movimento.
Grupos de discussão
À tarde, os trabalhadores foram divididos em dois grupos de trabalho. Um discutiu propostas para a solução da crise econômica e redução da jornada de trabalho com redução de salário e, o outro, conjuntura econômica/campanha salarial e como negociar PLR em momentos de crise.
Conclusão
Cada grupo elegeu um representante para apresentar as ideias e o resultado foi: os jovens acham que a responsabilidade pela crise econômica e política é dos governantes, que não tinham que ter as regalias que têm, muito menos jogar o ônus da crise nas costas dos trabalhadores; consideram que a empresa tem por dever negociar e dividir a PLR, porque, mesmo em dificuldades, ela produz e fatura; que para reduzir jornada de trabalho tem que ter análise muito criteriosa, para evitar enganação pela empresa; e, que a crise é real, está afetando toda a sociedade, principalmente os trabalhadores, que estão perdendo seus empregos.
No final, houve o sorteio de brindes para os presentes.