O diretor sindical Sales esteve nesta terça-feira (19) na portaria da empresa Socobras, em Itaquaquecetuba, para convocar os trabalhadores para uma reunião na próxima sexta-feira, dia 22, na subsede de Mogi das Cruzes. O objetivo é discutir a situação dos funcionários contratados pelo programa emergencial de auxílio-desemprego, que estão sendo ameaçados de demissão pelo prefeito, por conta de apurações de irregularidades do Ministério Público.
“Vamos formar uma comissão para avaliar a situação de cada contrato de trabalho, pedir informações ao Ministério Público e impedir as demissões”, disse Sales.
Segundo o dirigente, a empresa tem cerca de dois mil funcionários contratados por meio do programa e muitos estão em situação irregular, sem registro em carteira, ou sem efetivação, tendo em vista o tempo do contrato.
Histórico
Em 20015, o ex-prefeito, conhecido como Armando da Farmácia, sancionou a lei 2352 criando o programa emergencial de auxílio-desemprego, que previa contratação por 180 dias renováveis por mais 180. Porém, os contratos ultrapassavam esse limite, o Ministério Público foi pra cima e o ex-prefeito firmou o TAC – Termo de Ajustamento de Conduta.
Em 2014, o atual prefeito, Mamoru, alterou a lei, o que levou a outro inquérito, e foi chamado pelo MP, que estaria considerando a medida uma improbidade, tendo em vista que as alterações na lei estariam ferindo TAC firmado anteriormente. A partir daí, o prefeito teria decidido demitir todos os bolsistas.
