Mulheres metalúrgicas realizam 1ª Oficina de Gênero e Negociação Coletiva

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Por que a mulher ganha menos que o homem e como negociar cláusulas específicas, individuais e coletivas, com a empresa e com os grupos patronais? Estes foram temas da 1ª Oficina de Gênero e Negociação Coletiva de Mulheres Metalúrgicas de São Paulo e Mogi, realizada nesta sexta-feira, pelo Departamento da Mulher, do Sindicato, no Palácio dos Trabalhadores, na Liberdade.

Coordenado pela diretora Leninha, coordenadora do departamento, o evento reuniu 40 trabalhadoras de várias fábricas e contou com a participação do presidente do Sindicato,m Miguel Torres, da diretora financeira, Elza Costa, das diretoras Yara, Alsira, Cristina, das assessoras sindicais, além de diretores e assessores.

Leninha saudou as participantes e destacou o objetivo da oficina, de fazer com que as trabalhadoras entendam como se dá uma negociação com os patrões e discutir cláusulas que querem ver  garantidas na convenção coletiva de trabalho.

“As cláusulas sociais têm uma importância essencial que muitas vezes o trabalhador não percebe, a não ser na hora que precisa dela”, afirmou

A diretora Elza disse que “este é um dia para construir propostas de negociação. Isso é muito importante para quem está na fábrica saber como isso se dá no dia a dia”, e enfatizou que o Sindicato tem hoje seis diretoras e várias assessora. “Isso é muito importante para dar equilíbrio na diretoria.

O presidente Miguel Torres falou da importância de melhorar a relação sindicato-trabalhadoras para melhorar a legislação trabalhistas e ampliar os direitos. Ele falou sobre a situação de crise do país, com aumento do desemprego, da inflação, da desindustrialização, que está destruindo a produção, das medidas do governo que estão tirando direitos, da campanha salarial, que está começando, que que vai exigir muita mobilização, e das ações do Sindicato em conjunto com a Força Sindical, em Brasília, para barrar as investidas contra os direitos dos trabalhadores.

“A luta do sindicato não fica restrita às portas das fábricas, temos que pensar nas leis porque não adianta conquistar benefícios se depois vem uma medida provisória que tira direitos. Temos que ampliar direitos e ter solidariedade na luta com outras categorias, como também fazemos”, afirmou.

Miguel disse que o Sindicato quer melhorar a participação das mulheres na convenção coletiva de trabalho. “Cada grupo patronal tem sua negociação e temos cláusulas diferentes nos acordos. Nossa data-base é 1º de novembro e temos um processo de construir uma pauta e finalizar até novembro”, disse.

Durante a oficina teve dinâmicas de negociação e de conhecimento entre as participantes, exibição do filme Made in Dagenham (a luta de 187 trabalhadoras da Ford, em 1968, pela equiparação salarial), palestra sobre a desigualdade salarial, com o economista do Dieese Ricardo Tamashiro e simulação de negociação com o patrão com a participação dos advogados Cícero Mendonça e dr. Veloso, do departamento jurídico do Sindicato.

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Economista Ricardo Tamashiro, do Dieese
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Diretoras Elza, Leninha, Yara, Alsira e assessoras