“Os trabalhadores têm pressa, a economia pede medidas urgentes para reagir, mas o Banco Central continua caminhando a passos lentos, sem levar em conta as necessidades de milhões de brasileiros, entre eles os desempregados, e a incapacidade do país de voltar a crescer, produzir, gerar emprego e renda.
Ao definir por uma redução pífia de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, o Copom mostra que não tem nenhuma pressa em reduzir os juros, os maiores do mundo (14% ao ano), e que a população deve esperar por outras medidas, como as reformas, sobretudo a trabalhista e a previdenciária, para equilibrar as contas públicas. Só então as taxas que vêm travando a economia e os investimentos poderão começar a ser derrubadas.
É muita injustiça em cima dos trabalhadores e da população mais necessitada por parte de um governo sem coragem para enfrentar os acumuladores de capital. E o ministro Henrique Meirelles ainda afirma que a país está voltando à normalidade. Na verdade, a crise é só mesmo para os que dependem de emprego e os que querem produzir.”
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM