O Sindicato realizou, na manhã de hoje, reunião com a Diretoria e a Assessoria para fazer uma rápida avaliação das manifestações realizadas ontem, 14 de Setembro, Dia Nacional de Luta, Protestos e Greves Contra o Corte de Direitos, e discutir a organização da primeira assembleia da Campanha Salarial, de aprovação da pauta de reivindicações, realizada na noite desta sexta-feira.
Dia de Luta
Para os dirigentes, o Dia de Luta foi positivo e representativo. Cerca de 20 mil trabalhadores da base participaram das mais de 45 assembleias realizadas em fábricas e da manifestação unitária, no centro da capital, que reuniu cerca de 1.500 dirigentes sindicais e trabalhadores metalúrgicos, bancários, eletricitários, metroviários, alimentação. Na base da CNTM, no país, o Dia de Luta mobilizou cerca de cem mil metalúrgicos.
“Os metalúrgicos estão puxando esta luta de resistência contra a reforma trabalhista, que vai entrar em vigor em novembro, e em defesa das convenções coletivas de trabalho nas campanhas salariais deste segundo semestre. O movimento tem que crescer, estar nas ruas e nas fábricas e fortalecer a unidade contra as reformas. É com luta que vamos mudar a lei e fazer uma nova lei”, disse Miguel Torres, presidente do Sindicato, da CNTM e um dos responsáveis pela iniciativa do movimento.
Segundo Miguel, os metalúrgicos deram um passo importante unificando todos os metalúrgicos do Brasil, numa demonstração de maturidade e preocupação com o futuro, referindo-se os efeitos maléficos das reformas para as futuras gerações.
“As propostas patronais e do governo são para tirar direitos e os trabalhadores ainda não perceberam o que eles vão ser dentro das empresas. Nosso papel é divulgar tudo isso”, disse Miguel.
O Dia de Luta foi organizado pelo movimento Brasil Metalúrgicos, integrado por sindicatos, federações e confederações ligados a diversas centrais sindicais.
Assembleia Salarial
Em relação à Campanha Salarial, Miguel Torres disse que esta primeira assembleia é importante para mobilizar os trabalhadores para a grande batalha nas negociações. “Sem mobilização vai ser muito difícil renovar os direitos que estão na convenção coletiva”, afirmou.
Paulinho da Força, presidente da Central, participou da reunião e disse que a campanha salarial dos metalúrgicos puxa outras categorias, por isso, a categoria tem grande responsabilidade muito grande neste momento de ataques ao movimento sindical, inflação baixa. “É o momento de ter vitória e romper essa barreira de crise”, afirmou.