Segundo federação de petroleiros, desligamentos devem acontecer de forma escalonada
O Plano de Desligamento Voluntário (PDV) anunciado nesta sexta-feira (17) pela Petrobras poderá atingir um universo de 8,5 mil funcionários, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Os desligamentos devem acontecer de forma escalonada.
O coordenador da FUP João Antônio de Moraes disse estar preocupado com o fato de a Petrobras não pretender repor as vagas, com exceção das áreas operacionais. “O número de trabalhadores hoje claramente já é insuficiente para as atuais atividades da companhia”, disse Moraes, após reunião com representantes da Petrobras sobre o PDV.
O líder trabalhista cita a construção de quatro refinarias, novas plataformas e terminais, obras grandes e que precisam de efetivo. O número insuficiente de funcionários é apontado por sindicalistas como causa parcial de acidentes que aconteceram em unidades da companhia nos últimos meses.
Serão contemplados 7 mil funcionários que já estão aposentados pelo INSS, mas continuam trabalhando na empresa, além de 1,5 mil que completam tempo de aposentadoria até 31 de março. Todos os contemplados precisam ter pelo menos 55 anos de idade. Uma das possíveis propostas em estudo é o pagamento de um prêmio equivalente a 40% do saldo do FGTS.
Os detalhes dos benefícios a quem aderir serão divulgados em 11 de fevereiro. A Petrobras vai fazer uma hierarquização dos postos de sua necessidade e os desligamentos poderiam acontecer de forma imediata ou em até 36 meses. A estatal tem hoje 65 mil funcionários, e quase 80 mil se considerado todo o sistema Petrobras, segundo a FUP.
Segundo a Petrobras informou em nota, o plano é fruto da implantação do Programa de Otimização de Produtividade (POP) e visa adequar o quadro de funcionários às metas do plano de negócios da empresa.