Planalto mira outubro e começa a rever preço da energia e combustível

A alta do preço de energia terá forte impacto sobre a eleição presidencial. Ciente disso, o Planalto articula para que os valores não pesem tanto no bolso e, principalmente, na consciência do eleitor.

Por TALES FARIA 

Durante o governo de Michel Temer, o gás de cozinha, a luz e a gasolina têm subido acima da taxa geral da inflação. Tais itens têm impacto direto sobre a população de baixa renda.

O presidente Michel Temer não quer melindrar o presidente da Petrobras, Pedro Parente. No entanto, já enviou sinais de que gostaria de alguma ajuda.

Parente não ficou insensível. Determinou uma mudança no mecanismo de divulgação dos reajustes de combustíveis.

Após o Carnaval, a estatal passa a anunciar diariamente o preço nominal do litro de gasolina e diesel vendido às refinarias. Não mais as porcentagens de variação. É uma forma de pressionar os postos a diminuir a margem de lucro.

Nesta 6ª o preço da gasolina deverá cair 3%. O diesel, 2,6%. Segundo a estatal, o motivo é a queda no preço internacional do petróleo.

Já o ministro da Secretaria Geral, Moreira Franco, partiu para o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Depois de 1 bate-cabeça, oficializou ontem (8.fev.2018) seu pedido para que o órgão apure suspeitas de formação de cartel por postos e distribuidoras de combustível.

A solicitação foi feita diretamente para o presidente do órgão antitruste, Alexandre Barreto. O encontro não constava na agenda oficial de nenhum dos 2.

VALE-GÁS

O deputado Benito Gama (PTB-BA) é outro congressista aliado ao Planalto que está preocupado com o aumento dos preços da energia perto das eleições: “A solução mais rápida é a volta do vale-gás para a compra de botijões de cozinha. No Nordeste, teria muita influência”.