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A luta dos trabalhadores contra em defesa dos direitos e contra as reformas do governo e do Congresso Nacional avançou nesta sexta, 29, com a Plenária Nacional dos Trabalhadores na Indústria, realizada no CMTC Clube, em São Paulo.
O encontro, convocado pelo movimento Brasil Metalúrgico, reuniu mais de 1.500 dirigentes e ativistas sindicais metalúrgicos do País, e de outras categorias, que defenderam a luta de resistência contra as reformas e aprovaram realizar um Dia Nacional de Protestos e Paralisações no dia 10 de novembro, véspera da entrada em vigor da Lei 13.467 (reforma) trabalhista aprovada pelo Congresso.
Os dirigentes também aprovaram a Carta da Plenária, que critica a situação política e os desmandos do governo federal e do Congresso, e apresenta as reivindicações do movimento de luta e resistência (veja abaixo).
Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes e vice-presidente Força Sindical, saudou a unidade das entidades metalúrgicas e das mais variadas categorias presentes, entre elas, petroleiros, metroviários, eletricitários, bancários, alimentação, Correios, servidores públicos federais, setor naval.
“Este é um momento que o movimento sindical teve a maturidade de se unir para enfrentar essa luta. Diversas categorias estão se mobilizando nas suas bases e isso é muito importante, porque o que veio com a reforma trabalhista é só um ponto de uma grande armação de desnacionalização e entrega do País. Tudo está interligado, não só a reforma trabalhista, mas as reservas minerais, as aldeias, o patrimônio público, a indústria e não podemos ficar quietos”, afirmou.
Miguel disse que é essa unidade que vai fazer frente a estas e outras reformas que estão engatilhadas. “Por isso a resistência. Tudo o que os trabalhadores têm nasceu da luta e só tem uma maneira de fazer lei que beneficie o trabalhador é a luta. A luta faz a lei”, afirmou.
Mônica Veloso, vice-presidente da CNTM, coordenou os trabalhos ao lado do companheiro Aroaldo, dos metalúrgicos do ABC, e avaliou a plenária como uma demonstração de força e unidade contra os retrocessos sociais, trabalhistas e previdenciários no País. “A classe trabalhadora dá exemplo de união e superação, porque é na unidade que vamos mostrar que a luta faz a lei”.
Outros diretores da CNTM também participaram: Carlos Albino (secretário de finanças), Pedro Celso Rosa (secretário-geral) e Sérgio Barbosa Claudino (presidente da Federação dos Metalúrgicos do RJ), além de diretores(as) e assessores(as) dos metalúrgicos de São paulo e Mogi das Cruzes.
Passeata
Após a Plenária, os dirigentes fizeram passeata pelo entorno do CMTC Clube, encerrando o ato e demonstrando o ímpeto de luta.
O movimento “Brasil Metalúrgico” (Facebook.com/brasilmetalurgico) continuará se reunindo para manter acesa a chama da resistência em defesa dos direitos, produzir novos materiais de comunicação sindical e levar às bases as decisões da Plenária.
Carta – Documento aprovado na Plenária, sob o grito de “A Luta faz a Lei”, de resistência às terceirizações e à implementação da lei trabalhista no curso das atuais negociações salariais, contempla os seguintes pontos de convergência das entidades:
- Contra a Reforma Trabalhista
- Pelo fim da Terceirização
- Contra a Reforma da Previdência Social
- Contra as privatizações e em defesa do patrimônio público
- Por empregos de qualidade para todos e todas
- Contra a desindustrialização e desnacionalização da indústria
- Em apoio à luta dos servidores públicos
- Pela unidade e fortalecimento das campanhas salariais em todo o País
- Clique aqui e acesse a Carta da Plenária