Este número é tão ou mais preocupante do que o surgimento de um “Salvador da Pátria” que poderá nos afundar ainda mais com propostas radicais, fora de um contexto político-econômico amplo ou que atenda apenas a ideia de “quanto pior, melhor!”. E esta é a nossa realidade, por enquanto.
Mesmo diante de um difícil quadro pelo qual temos passado, cabe também aos trabalhadores organizados com seus sindicatos buscar alternativas que atendam nossas necessidades enquanto classe social. Buscar apoiar candidatos que, de fato, estejam compromissados com nossos interesses é nossa obrigação em um momento tão delicado para o país como este.
Devemos buscar, portanto, colocar, em nossas pautas de luta pela classe trabalhadora, o permanente esclarecimento à população de que é fundamental elegermos candidatos que possuam vínculo com nossos anseios. Não podemos aceitar e nem nos deixarmos levar por um discurso atrasado de que “são todos iguais”. Definitivamente, não são!
Não podemos esquecer jamais que a luta sindical está diretamente relacionada com o que se decide nas urnas. Se tivermos na Presidência e no Congresso Nacional pessoas que possuam identidade com nossas reivindicações, teremos êxito. Do contrário, corremos o sério risco da situação da classe trabalhadora piorar ainda mais.
Eliseu Silva Costa
presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo