A inflação subiu 0,48% entre 13 de setembro e 13 de outubro, e a alta acumulada em 12 meses ficou em 6,62%, acima do limite máximo da meta do governo.
O objetivo do governo é manter a inflação em 4,5%, mas há uma tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, ou seja, variando entre 2,5% e 6,5%.
Os dados são do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), divulgados nesta terça-feira (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA.
No acumulado do ano até agora, a inflação medida pelo IPCA-15 está em 5,23%.
Carne e cerveja ficam mais caros
Em outubro, os preços dos alimentos continuaram a subir e tiveram elevação de 0,69%, após registrarem alta de 0,28% em setembro.
A alta foi influenciada, principalmente, pelo preço das carnes, que ficaram 2,38% mais caras e tiveram o maior impacto individual no mês.
Além das carnes, outros itens apresentaram aumentos significativos em seus preços, como a cerveja, que subiu 3,52%; o frango, que teve alta de 1,75%; e o arroz, com alta de 1,35%.
Metodologia
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 13 de setembro a 13 de outubro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de agosto a 12 de setembro (base).
O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.