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Procura por previdência privada cresce com discussões sobre reforma

Fonte: G1

Uma dica fundamental é observar direitinho o que oferece cada produto.
O Bom Dia Brasil foi conhecer as opções disponíveis no mercado.

A reforma da Previdência aumentou a procura dos brasileiros por planos de previdência privada para garantir uma aposentadoria maior no futuro. O Bom Dia Brasil foi saber quais são as opções que o mercado oferece. A única certeza é que tem que começar a poupar desde cedo e sempre.

Mas outra dica fundamental: observar direitinho o que oferece cada produto, as regras dessas previdências privadas que são oferecidas no mercado. O Bom Dia Brasil foi ouvir especialista.

Quem nunca ouviu aquela dica de que é importante poupar para o futuro? Fazer um pé de meia para ter mais tranquilidade na aposentadoria? Quase todo mundo, mas a maioria dos trabalhadores ainda não fez uma previdência complementar, porque não sobrou dinheiro, não conseguiu se organizar ou prefere outros investimentos.

A Federação Nacional de Previdência Privada diz que quase 13 milhões de pessoas têm um plano complementar. A maioria contratou planos individuais; um quarto do total tem planos empresariais. Esse número vem crescendo, mas devagar. Aumentou menos de 5% no último ano.

O Wandyr Ferreira, que é engenheiro, tem 57 anos, e mesmo com as possíveis mudanças de regras, é provável que consiga se aposentar em poucos anos. Ele aderiu a um plano de previdência complementar quando era bem jovem e diz que está tranquilo. “Esse sistema modificado não me afetará tão pesadamente como se eu não tivesse feito a previdência por minha conta. O meu limite foi alcançado, a minha condição de sobrevida e conforto também”, disse.

Para quem não fez, mas gostaria de fazer uma previdência privada, são muitas as dúvidas. Dependendo da idade do trabalhador, resta saber se ainda vale a pena, quanto seria preciso pagar por mês para tentar manter mais ou menos a mesma renda durante a aposentadoria e se é mesmo mais vantajoso investir em uma previdência privada ou aplicar em fundos de investimento. O Bom Dia Brasil fez essas perguntas para um consultor para tentar ajudar.

Para quem é disciplinado e se informa regularmente, existem, sim, aplicações que rendem mais do que a média dos fundos de previdência a longo prazo. Mas quem não tem essa disciplina e é mais conservador, deve optar pelo plano de previdência. Só que precisa se informar muito bem e comparar antes de contratar um.

Os planos cobram taxas de administração e de carregamento mensalmente. Se forem altas, isso pode reduzir os rendimentos. É importante escolher a tributação mais adequada, saber se a cobrança de Imposto de Renda é progressiva ou regressiva e escolher entre duas modalidades de planos, PGBL e VGBL. O PGBL é ideal para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda. Nesse caso, o trabalhador pode deduzir até 12% da renda tributável e no resgate da aposentadoria, o imposto incide sobre todo o valor acumulado ao longo dos anos e sobre os rendimentos. Já o VGBL é para quem faz a declaração simplificada, não permite deduzir os valores aplicados no fundo quando vai acertar as contas com o Leão ano a ano. O imposto incide apenas sobre os ganhos.

O consultor de investimentos Hugo Monteiro fez uma simulação para quem está na meia idade e ainda não fez um plano para manter, na aposentadoria, uma renda próxima à recebida atualmente.

Um trabalhador que tem hoje 40 anos e ganha R$ 8 mil de salário, por exemplo. Se fosse aposentar aos 65, imaginando que ele tenha direito a receber R$ 5 mil pelo INSS, terá que contribuir com R$ 420 mensais a partir de agora para o plano de previdência complementar. Aí ele vai receber aos 65 anos R$ 3 mil do plano e mais R$ 5 mil do benefício do INSS, chegará aos R$ 8 mil na aposentadoria.

E não é só isso. O consultor diz que mais de 70% dos clientes dele que fizeram um plano não se planejaram direito e acabaram tendo que reduzir o valor da contribuição no meio do caminho ou encerrar o plano sacando tudo para usar o dinheiro de outra forma. E, em momentos de crise como agora, esse planejamento é ainda mais importante.

“Se você fizer um plano de previdência ser uma reserva de emergência você vai acabar mexendo no seu plano de previdência, pagando taxas e multas, e aquilo ali vai ser muito danoso, porque vai diminuir o seu benefício e vai tirar parte daquilo que você havia acumulado”, explicou o consultor.

É preciso verificar também, por exemplo, se o plano tem um seguro que permita a transferência do saldo para um herdeiro em caso de morte. Isso não está em todos os planos. Todos os detalhes são importantíssimos.