A produção industrial no Brasil teve a segunda queda seguida em abril, recuando 0,3% em relação a março. Em relação a abril do ano passado, a queda foi de 5,8%. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (4).
Analistas consultados pela agência de notícias Reuters esperavam por este resultado. Foram consultados 23 economistas, e as projeções variaram entre queda de 1,5% e alta de 0,4%.
A retração da indústria prejudicou o crescimento do Brasil, que cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre, de acordo com dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados na sexta-feira.
Fabricantes de automóveis e outros bens manufaturados estão reduzindo a produção para evitar o acúmulo de estoques em meio à diminuição da procura, que tem sido afetada pela inflação alta e pelos juros maiores.
Metade dos setores cai em relação a março
12 dos 24 setores pesquisados pelo IBGE tiveram queda de produção entre abril e março. A mais significativa foi de metalurgia, por seu peso na composição do índice e recuo de 2,7%. A atividade de produtos de minerais não-metálicos recuou 1,5%.
A confecção de artigos para vestuário e acessórios recuou 1,6%; a fabricação de produtos de madeira ciu 3,2% e a de produtos de borracha e plástico, 0,9%. A produção de móveis recuou 2,3%.
Já entre as categorias econômicas mais amplas, a de bens de consumo duráveis apresentou a maior queda, perdendo 1,6% entre março e abril, a segunda queda seguida nesta comparação.
O setor de bens de capital recuou 0,5%; o de bens intermediários apresentou queda de 0,2%. O segmento de bens de consumo e não-duráveis registrou avanço de 0,4%.