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Protesto contra fechamento do CST reúne 700 pessoas

Presidente Miguel Torres liderou nesta quinta-feira, 3 de abril, 
ato contra o fechamento do Centro de Solidariedade ao Trabalhador (CST)


Cerca de 700 pessoas, entre funcionários do CST, dirigentes da Força Sindical, CNTM, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, de Guarulhos, químicos, eletricitários, refeições coletivas e trabalhadores que utilizam o serviço do posto de atendimento, seguiram em passeata da Rua Galvão Bueno, onde está localizado o posto do CST na Liberdade, até a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, no centro de São Paulo. No local foi realizado um ato, com presença do superintendente Luiz Antônio de Medeiros, reivindicando a renovação do convênio com o Ministério do Trabalho para continuidade do atendimento do CST.

“Criado em 1998, o Centro de Solidariedade é uma referência nacional no atendimento aos trabalhadores desempregados, apoio e encaminhamento para a recolocação no mercado de trabalho. O Centro trabalha com qualidade, presteza e confiança. É muita falta de sensibilidade do governo extinguir este serviço gratuito e eficiente”, disse Miguel Torres (foto), presidente da Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

Os manifestantes deram um prazo até domingo para o Ministério do Trabalho e Emprego recuar em sua decisão de não renovar o contrato com o CST.

Referência
Em todo o Sine (Sistema Nacional de Empego), o CST é referência nacional pela qualidade do atendimento prestado, volume de captação de vagas e intermediação de mão de obra. Mesmo assim, o governo federal está dificultando a renovação do convênio e quem mais perde com esta situação são os desempregados.

“Vou trabalhar junto ao Ministério para que o Centro, que é um modelo de atendimento e encaminhamento ao emprego, consiga fechar um novo convênio e continue operando. Estamos buscando uma saída jurídica para a questão, mas a pressão de vocês é fundamental”, disse Medeiros aos manifestantes, acrescentando, “o movimento de vocês é legítimo”.

O superintendente disse ainda que a cidade de São Paulo precisa desse trabalho. “Não podemos abrir mão, sobretudo de um trabalho feito para quem mais precisa (os desempregados)”.

1 milhão empregados
Arakém, secretário-geral do Sindicato, e os diretores Carlão e Cláudio Prado, puxaram a passeata de cima do caminhão de som, explicando à população os motivos da manifestação, que foi pacífica e organizada. “São 16 anos de história, já atendemos cerca de 15 milhões de trabalhadores e, em 2015, estamos chegando a marca de 1 milhão de colocados no mercado de trabalho”, disse Arakém.

Alerta
Sindicalistas que se revezaram no discurso durante o ato na Superintendência alertaram para o fato de as organizações que tratam dos interesses dos trabalhadores estarem sendo sucateadas.

Miguel Torres disse que é estranho que neste ano em que o desemprego começa a crescer, o governo acaba com um centro de referência de emprego como este. “Estão mexendo em tudo o que o trabalhador mais precisa para tirar direitos. O governo está mexendo no seguro-desemprego, no auxílio-acidente, implantou a alta programada, que deixa os trabalhadores doentes sem benefício, quer mudar a política de valorização do salário mínimo. Tudo o que o trabalhador lutou pra ter e ampliou, parte do governo quer acabar”, disse Miguel.

Fotos: Paulo Segura

Arakém, Carlão e Cláudio Prado: forte apoio na manifestação

Sobre o CST

Criado em 1998 pela Força Sindical, quando o índice de desemprego em São Paulo atingia 20%, o CST atendeu, daquele ano até hoje, cerca de 15 milhões de desempregados. O Centro também encaminha os pedidos de seguro-desemprego.

O objetivo da criação do Centro foi criar um local onde o trabalhador pudesse centralizar sua busca por uma vaga de emprego no mercado, sem precisar gastar com isso, e que, além da inscrição, recebesse apoio durante a busca pela colocação. Atualmente, o Centro é administrado pela CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos). Tem 155 funcionários em três unidades e, com o fechamento, ficarão desempregados, sem qualquer garantia de recolocação.

Por Assessoria de Imprensa do Sindicato, com informações da Assessoria de Imprensa do CST

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