Os presidentes das centrais sindicais Miguel Torres (Força Sindical), José Calixto (Nova Central), Ricardo Patah (UGT) e os diretores Mário Teixeira (CTB) e Itamar Kunert (CSB) reuniram-se na terça-feira, 7 de agosto, em Brasília, com o Ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello.
O objetivo do encontro era reafirmar a parceria do Ministério com as Centrais e conhecer os seus presidentes.
Mas, no encontro, os dirigentes criticaram a portaria do ministério, da criação do Comitê de Estudos Avançados Sobre o Futuro do Trabalho, publicada no último dia 6. “O comitê foi criado para tratar de questões ligadas à proteção do trabalhador diante da automação e não teve conversa com as centrais”, disse Miguel Torres.
Representantes de vários outros órgãos, inclusive o setor patronal, vão compor o comitê. Miguel Torres lembrou também ao ministro que existe o Conselho Nacional do Trabalho, que também não foi ouvido.
Segundo Miguel, o ministro disse que vai corrigir esta questão e envolver o Dieese e representantes das centrais.
No encontro, os dirigentes entregaram ao ministro a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, documento com propostas para a retomada do desenvolvimento e combate ao desemprego e defenderam que o Ministério do Trabalho volte a ser o protagonista da defesa dos direitos da classe trabalhadora, das condições de trabalho, na luta pela geração de emprego e inclusão social.
Integram o Comitê representantes dos Ministérios do Trabalho, da Indústria e Comércio, da Casa Civil, Ministério Público do Trabalho, OAB, CNI, Ipea, Paulo Roberto Brito Pereira (sindicalista), entre outros.