Karla Santana Mamona
Profissional sindicalizado pode contribuir diretamente com opiniões ou sugestões, com o objetivo de melhorar as relações e as condições de trabalho
O profissional sindicalizado tem algumas vantagens. É comum que os sindicatos ofereçam aos filiados assistência jurídica, médica e odontológica, descontos em escolas de idiomas, faculdades e até mesmo colônias de férias.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, afirma que, apesar desses serviços oferecidos, a principal vantagem em se sindicalizar é ajudar a fortalecer a negociação entre a categoria do profissional e os empregadores.
“Ao aderir e pagar a taxa mensal, o sindicato tem condições de contratar bons advogados e outros profissionais que beneficiarão os trabalhadores. A mensalidade é diferente da contribuição sindical. Os valores da taxa variam segundo cada sindicato”, diz.
Já o responsável pelo Núcleo Trabalhista do escritório Tostes e Associados Advogados, Rui Meier, acrescenta que o profissional sindicalizado pode contribuir diretamente com opiniões ou sugestões, com o objetivo de melhorar as relações e as condições de trabalho.
Proteção – As vantagens são restritas aos serviços oferecidos e às sugestões, já que as pessoas filiadas não têm nenhum benefício em relação à legislação trabalhista.
“Ninguém é obrigado a se sindicalizar. Não é permitido que a pessoa sindicalizada tenha mais proteção”, afirma o advogado e sócio do escritório Moro e Scalamandré Advocacia, Marco Antonio Loduca Scalamandré.
Como um aspecto negativo dos sindicatos, Meier indica a ausência de liberdade sindical, pois a Constituição permite apenas um sindicato de cada setor por município. “A falta de escolha por parte dos trabalhadores pode tornar o sindicato ilegítimo”, diz.
Sindicatos no Brasil – No Brasil, o número de sindicalizados, em 2009, era de 16,45 milhões, o que correspondia a 17,7% da população, segundo dados da Pnad 2009 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na análise por região, o Sul era a que detinha o maior percentual de sindicalizados, de 20,7%, seguida do Nordeste (19,3%), Sudeste (17%), Centro-Oeste (14,2%) e Norte (14,1%).