Salário mínimo ajuda mercado, diz BC

O Banco Central (BC) informou que o poder de compra do salário mínimo em janeiro deste ano (de R$ 788) é o maior desde agosto de 1965, superado apenas pelo registrado no período de julho de 1954 a julho de 1965.

“Não surpreende, portanto, que o rendimento médio real do trabalho venha crescendo há vários anos, em todas as regiões”, afirma a autoridade monetária em seu boletim regional, divulgado ontem.

Na avaliação do professor da PUC, Leonardo Trevisan, por isso, o setor que mais emprega, o de serviços, não está sendo afetado pelo aumento da inflação e a taxa de desemprego está estável, no patamar entre 6% a 7%, mesmo com o desaquecimento da economia brasileira. “Ainda há sobras do salário para comprar e contratar”, disse.

Ainda conforme o boletim do BC, o rendimento da população ocupada com renda de até um salário mínimo cresceu 52% a mais do que o próprio salário mínimo em dez anos. Ao mesmo tempo, o aumento dos rendimentos da faixa de um salário mínimo a um e meio superou a esse menor ganho possível do brasileiro em 1%.

Segundo o Dieese, 46,7 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo.