O secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência, Leonardo José Rolim, defendeu ontem que o fator previdenciário deveria ser substituído por “uma fórmula simples”, que permitia ao trabalhador programar melhor sua aposentadoria. O fator foi criado em 1999 e reduz o beneficio de quem se aposenta cedo.
Em audiência na Câmara dos Deputados, Rolim disse que o desconto é “perverso” e funciona como “armadilha”, pois estimula o trabalhador a se aposentar antes e com renda menor.
Para ele, o fator funciona como uma aposentadoria proporcional, mas que “ninguém entende”. Sobre o fator 85/95, proposto pelo Congresso, ele diz que o governo não tem uma posição fechada. O 85/95 dá aposentadoria integral quando a soma da idade com o tempo de contribuição resultar em 85 (mulheres), ou 95 (homens). Outra alternativa seria o aumento no tempo de contribuição, aliado ao retorno da aposentadoria proporcional para quem quiser antecipar o beneficio.
O governo é “”radicalmente contrário” a mudanças na média salarial quem encurtem o período de trabalho usado no cálculo.