O DSST (Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador), do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi, coordenado pelo diretor sindical Luisinho, realizou no sábado, dia 30, no Sindicato, uma reunião com 30 cipeiros e cipeiras que foram para Mariana (MG) em abril, por ocasião do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes do Trabalho e Doenças Profissionais.
O objetivo da viagem foi visitar os municípios atingidos pelo rompimento da barragem de rejeitos da Samarco, em Bento Rodrigues, e mostrar que a tragédia foi também um acidente de trabalho que vitimou trabalhadores e a população local.
“Reunimos os cipeiros para avaliar como esta experiência está ajudando no trabalho deles nas empresas e dar uma visão do que o cipeiro pode fazer no seu local de trabalho”, disse Luisinho.
Segundo o diretor, os trabalhadores entenderam que os órgãos públicos já tinham visualizado os riscos da barragem, que a empresa também sabia, e não fez as adequações que deveria ter feito. “O interesse econômico falou mais alto”, disse Luisinho.
A partir daí, a pergunta aos cipeiros foi: como seria se no local de trabalho eles identificassem um problema de risco e a empresa não quisesse tomar providências? Como eles agiriam? Procurariam o Sindicato para denunciar e pedir apoio?
O presidente do Sindicato, Miguel Torres, ressaltou a importância do envolvimento dos cipeiros nas ações de saúde e segurança. “O papel de vocês é fundamental para a melhoria das condições dos ambientes de trabalho e para a segurança dos companheiros”, disse.
A reunião contou com a participação do presidente da Força Sindical, deputado federal Paulinho da Força; da diretora financeira, Elza Costa, diretores(as) e assessores(as) sindicais.
Este assunto será levado para debate no 16º Encimesp (Encontro de Cipeiros Metalúrgicos), para que os cipeiros possam transmitir esta experiência aos demais trabalhadores e técnicos de segurança no trabalho. O evento será realizado de 10 a 12 de agosto, no Centro de Lazer da Família Metalúrgica, em Praia Grande.