Após uma reunião com os deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), o senador Paulo Paim (PT-RS), além de aposentados e sindicalistas, o presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL) se comprometeu a incluir na pauta da próxima semana a política de reajuste dos benefícios entre 2016 e 2019, com a inflação do ano anterior mais o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
A proposta já foi aprovada na Câmara dos Deputados, mas sofre forte resistência por parte do governo Dilma Rousseff.
Renan também concordou em adiar para depois das férias dos parlamentares, que vai até o final de julho, a apreciação do veto da presidente Dilma Roussef à criação do fator 85/95, aprovada em junho na Câmara em substituição ao fator previdenciário.
Pela fórmula 85/95, a soma da idade e do tempo de contribuição para ter direito à aposentadoria integral precisa ser 85 para as mulheres e 95 para os homens. Com o fator previdenciário, o beneficio tinha uma redução de até 40%.
Para justificar o veto, Dilma editou a MP 676, criando o fator 85/95 com uma regra progressiva que transforma o fator em 90/100, a partir de 2022.
“O Renan entendeu a reivindicação dos aposentados e das centrais sindicais que pediram um prazo maior para negociar a progressividade com o governo. O intervalo de reajuste na fórmula pode ser de três ou cinco anos’’, disse Faria de Sá.