Série Eleições 2018: a campanha na rua; ação política de massa

 

DIAP

Conjunto de ações, que devem crescer do início até o final do pleito. Visam proporcionar as condições para o candidato atingir êxito no projeto eleitoral, que é eleger-se.

Antônio Augusto de Queiroz*

A campanha eleitoral, que vai de 16 de agosto a 6 de outubro, deve ser vista como processo dinâmico, que começa num ritmo e vai crescendo até a data da eleição. É a hora de entrar em campo. Se houver perda de fôlego na reta final, o candidato poderá perder espaço para os adversários.

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Na reta final não pode faltar dinheiro, material nem volume de campanha. As pessoas têm a tendência de deixar tudo para a última hora, inclusive a decisão do voto. Portanto, é vital para o sucesso nas eleições que a campanha cresça até o final sempre.

1º mês (agosto) é de afirmação da imagem do candidato, de ampliação do leque de apoios, de busca de espaços nos meios de comunicação e de consolidação da candidatura.

Esta é a hora de visitar feiras, associações, igrejas, colégios, fábricas, sindicatos.

É também a fase em que o candidato deve buscar os multiplicadores e formadores de opinião (líderes comunitários, religiosos, sindicais, jornalistas) para convencê-los das chances de vitória da candidatura, da viabilidade de suas propostas e da sua seriedade.

Nesse período será exigido do candidato contato mais qualificado com os líderes e formadores de opinião para que possam conhecer melhor o candidato e suas propostas.

Nesta fase, o material de campanha deve ser denso, contendo perfil do candidato e detalhamento completo da plataforma, ideias, propostas e bandeiras da candidatura.

2º mês (1ª quinzena de setembro) é o momento de reduzir as reuniões fechadas e partir para a ofensiva de rua, centrando os esforços na criação de fatos políticos que possam ser notícia e, principalmente, na massificação da campanha. Para tanto, o candidato deve distribuir panfletos para o público alvo, nas ruas, bairros, escolas, fábricas, repartições públicas e nas estações rodoviárias e de metrô, devendo, além disso, realizar ou participar de comícios.

Nesta fase, começa o horário eleitoral gratuito nas rádios e TV, época em que o candidato já deve ser conhecido. O candidato deve aproveitar o horário eleitoral gratuito para reforçar sua imagem. Os cuidados com a estética e conteúdo devem ser redobrados. A empatia com os eleitores pode ser ampliada ou reduzida a partir desse momento.

3ª e última fase (2ª quinzena de setembro) é a decisiva. É o momento de substituir o panfleto pelo santinho, de mandar nova mala-direta para os eleitores e principalmente de chamar os militantes, apoiadores, amigos e simpatizantes para engrossar o trabalho de rua.

Nesta fase deve ser intensificada a campanha nas vias públicas com mesas para distribuição de material, utilização de cavaletes e bonecos móveis, além de bandeiras e cartazes. A presença de símbolos que reforcem a imagem do candidato nos grandes comícios é fundamental nesta reta final.

Finalmente, o dia da eleição, 7 de outubro (domingo). Nesse dia, os eleitores e militantes, em manifestação individual e silenciosa, devem usar bandeiras, broches, dísticos ou adesivos do candidato. O candidato, por sua vez, deve visitar os locais de votação e mobilizar a fiscalização. Todo apoiador deve ter material com o desenho da urna eletrônica e o número do candidato. Muitos eleitores ainda estão indecisos ou não lembram o número de seu candidato. Este trabalho pode ser decisivo para a eleição.

Este texto é parte integrante da Cartilha, de nossa autoria, que trata das “Eleições Gerais 2018: orientação a candidatos e Eleitores”.

(*) Jornalista, consultor, analista político e diretor de Documentação do Diap