Setor de veículos puxou a alta de maio para junho.
Em 12 meses, queda é de 9,8% – a maior desde outubro de 2009.
A produção da indústria brasileira cresceu 1,1% em junho, na comparação com o mês anterior, apresentando o quarto resultado positivo nessa base de comparação, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (2).
“Mesmo assim, a indústria recuperou apenas parte da perda registrada ao longo de 2015 e ainda encontra-se 18,4% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013”, disse o IBGE, em nota.
Já em relação a junho do ano passado, o tombo da produção foi de 6%. Apesar do resultado positivo de junho, a atividade fabril acumula queda de 9,1% no primeiro semestre e de 9,8% em 12 meses – a maior desde outubro de 2009, quando chegou a 10,3%.
Veículos puxam alta
De maio para junho, o que puxou o aumento da produção nacional foi o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, que cresceu 8,4%. Na sequência, contribuíram também perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (4,7%); metalurgia (4,7%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (9,8%), entre outros.
Entre as grandes categorias econômicas, a produção de bens de capital aumentou 2,1%; a de bens de consumo semi e não-duráveis, 1,2%, a de bens de consumo duráveis, 1,1%, e de bens intermediários, 0,5%.
Atividade extrativas puxam queda
Entre as atividades que registraram queda na produção no primeiro semestre do ano, estão as indústrias extrativas (-14,0%) e a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-21,2%), que exerceram as principais pressões negativas.
Outras contribuições negativas partiram de máquinas e equipamentos (-16%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,9%), metalurgia (-11,9%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-27%), entre outros.
Na análise das categorias, a produção de bens de consumo duráveis caiu 22,2% e a de bens de capital (-20,1%). “A primeira foi pressionada pela redução na fabricação de automóveis (-21,7%) e eletrodomésticos (-23,9%) e a segunda, por bens de capital para equipamentos de transporte (-20,0%)”.
Os bens intermediários, por sua vez, registraram baixa de 8,8%, e os bens de consumo semi e não-duráveis recuaram 2,3%.