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O desalento eleitoral da população preocupa amplos setores sindicais. As eleições para governador – no Amazonas e Tocantins – com números de brancos, nulos e abstenções superiores à votação dos eleitos acendeu a luz amarela. A partir de então, diversos dirigentes passaram a se manifestar, chamando a atenção para a importância política e o caráter cívico do voto. O presidente dos Metalúrgicos de Guarulhos, José Pereira dos Santos, tem publicado artigos frequentes, na imprensa local e também na rede do Sindicato, nos quais lembra que o voto foi conquistado com luta. Ele argumenta: “Se o trabalhador não abre mão do 13º, das férias e de outros direitos, por que haveria de abrir mão do direito de votar?”. A Força Sindical divulgou nota, assinada por seu presidente interino Miguel Torres e o secretário-geral João Carlos Gonçalves (Juruna), ressaltando a “importância das eleições e do voto”. “É a hora de os trabalhadores ocuparem o seu legítimo lugar no debate e influir no curso político, eleitoral e social do Brasil”, diz o texto (clique aqui e leia). Entidades também buscam relacionar o debate eleitoral com temas sindicais, como campanhas salariais e custeio. Os Metalúrgicos de São Paulo, por exemplo, realizaram semana passada seminário de avaliação e planejamento. Além da mobilização salarial, o evento tratou das eleições, com foco na conscientização da categoria para a importância do voto em candidatos comprometidos com a pauta trabalhista. UGT – A regional de São Paulo da União Geral dos Trabalhadores também realiza, desta segunda (30) até quarta (1º), Seminário para debater as negociações salariais e o financiamento das atividades sindicais. O presidente em exercício da UGT-SP, Amauri Mortágua, informa: “Além de palestras com especialistas em temas técnicos e jurídicos, trataremos de questões políticas fundamentais para os trabalhadores nesta eleição”. Iniciativa – Para a Agência Sindical, é preciso engajar os trabalhadores no processo eleitoral. A Agência tem divulgado candidatos do campo sindical e popular e gravado depoimentos de sindicalistas em prol do voto e da participação política do trabalhador. “Até o final do processo eleitoral, vamos dedicar parte do nosso esforço nesse sentido”, diz João Franzin, coordenador da Agência. Ele completa: “Minha geração lutou pelo direito de votar. A abstenção despolitiza a população e favorece os candidatos que têm curral eleitoral”. |