O presidente da Força Sindical, Miguel Torres; o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda-RJ, Silvio Campos, e o departamento jurídico do Sindicato foram recebidos, nesta segunda-feira (28), pelo ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rossetto, em seu gabinete, em Brasília.

O encontro foi solicitado pelos representantes dos trabalhadores após a divulgação, no último dia 22, pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), da demissão de cerca de três mil operários da Usina Presidente Vargas, e a redução, em 35%, dos contratos das empresas terceirizadas. Segundo informou a direção da CSN, o principal motivo para as demissões é a queda nas vendas do aço no mercado interno, provocada pela crise econômica.

Miguel Torres, presidente da Força, ressaltou que os representantes dos trabalhadores foram pedir ao ministro que faça a intermediação das negociações entre trabalhadores e a empresa para evitar as demissões. “O ministro mostrou-se sensibilizado com a situação e disse que vai acompanhar toda a negociação para colaborar com o que for possível para evitar o corte na empresa”, disse Torres.

O sindicalista acredita que a empresa pode utilizar outras ferramentas para combater a crise no setor, como o lay-off e o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). “Cortar três mil postos de trabalho seria uma medida extrema, que causaria um impacto muito grande na economia da cidade”, afirmou.

Sílvio Campos, de Volta Redonda, afirma que a mobilização dos trabalhadores adiou as demissões para o início de janeiro, mas que a intervenção do governo será importante para evitar que as demissões aconteçam. A cidade não está comportando mais demissões.

“Sabemos que o momento econômico do País é bastante delicado, mas o trabalhador não pode pagar sozinho esta conta”, disse Campos.

Sindicalistas convencem Rosseto a chamar
Steinbruch para aderir ao PPE na CSN

Benjamim Steinbruch, controlador da CNS, será chamado pelo ministro do Trabalho a aderir ao PPE; compromisso foi firmado por Miguel Rosseto na audiência com sindicalistas. Volta Redonda está mobilizada na defesa dos postos de trabalho.