Presidente diz que o ‘Congresso é o centro das aspirações populares’
Após o anúncio de que o texto da reforma da Previdência será flexibilizado em ao menos cinco pontos, o presidente Michel Temer disse, nesta quinta-feira, que ouvir as sugestões do Congresso Nacional “não pode ser considerado um recuo”. Temer confirmou que autorizou o relator da reforma na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), a negociar os pontos mais questionados por parlamentares, entre eles a aposentadoria rural e o benefício de prestação continuada (BPC).
— Prestar obediência ao que o Congresso Nacional sugere, o Congresso que é o centro das aspirações populares, não pode ser considerado um recuo. Nós estamos trabalhando conjugadamente — afirmou o presidente, acrescentando ainda que cedeu nos pontos mais sensíveis para os parlamentares: — Lá que é o foco das aspirações populares, eles fizeram sugestões e nós autorizamos a negociação.
Temer disse que, dos pontos de maior tensão no Congresso, se “sensibilizou” com as especificidades do trabalhador rural e que o governo viu que seria “inadequado” mudar os benefícios dos deficientes físicos. Ele citou ainda a idade mínima como uma das principais discussões, ponto que o governo não está disposto a negociar: — O problema central é o problema da idade, a questão do trabalhador rural, eu recebi muitas observações e nos sensibilizamos por isso. Da mesma maneira o BPC, vimos logo que seria inadequado que eles não tivessem o que tem hoje. Então autorizei o relator a fazer as negociações que fossem necessárias e depois anunciaremos perante o congresso nacional o que foi ajustado. Vai levar uns dias ainda, mas já está autorizado — garantiu.
O presidente afirmou que ainda será preciso analisar se alguma das flexibilizações autorizadas terão alguma repercussão fiscal, mas que “aparentemente não “.
— Nós vamos depois analisar para ver se tem alguma repercussão de natureza fiscal ou não. Aparentemente não. Mas isso é uma coisa que vamos fazer depois.