No centro da capital, estrangeiros não dispunham de condições mínimas para atuar na confecção
No início deste mês, 12 imigrantes haitianos foram resgatados pelo governo federal por trabalharem em condições escravas, em uma oficina de costura no centro de São Paulo, de acordo com o portal Repórter Brasil. Junto com os haitianos, foram encontrados dois bolivianos que eram tratados da mesma forma.
Segundo o site, antes de serem aliciados, os haitianos tinham sido acolhidos pela pastoral Missão Paz, que atua com o auxílio a estrangeiros que chegam a capital paulista, sem recursos suficientes. Assim, a pastoral, que é mantida pela paróquia Nossa Senhora da Paz, exerce o papel de inserir os imigrantes no mercado de trabalho brasileiro, através de palestras promovidas para empresários interessados em contratar funcionários.
A dona da confecção, Mirian Prado, contou que não havia sido informada a respeito da situação dos estrangeiros: “A gente estava na hora errada, no lugar errado e fazendo a coisa errada sem saber”, disse em entrevista à Repórter Brasil.
Empecilho / O site informa que Paolo Parise, responsável pela Missão desde 2010, afirmou que a dificuldade de conseguir emprego para os abrigados aumenta quando os contratantes descobrem que terão que oferecer a eles as mesmas condições disponibilizadas aos trabalhadores brasileiros.
Diante deste cenário, a oficina teve que responder pelas infrações aos direitos dos trabalhadores, além de pagar as verbas rescisórias, salários atrasados e assinar o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho, para oferecer aos funcionários cestas básicas e hospedagem adequada, como conta o site Repórter Brasil.
