Daniel Weterman
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives de Gandra Martins Filho, emitiu nesta quinta-feira, 9, uma nota rebatendo as afirmações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Na quarta-feira, 8, o parlamentar disse que a Justiça do Trabalho “não deveria nem existir” ao reclamar de decisões “irresponsáveis” tomadas nas relações entre empresas e empregados.
Gandra Filho disse que não poderia deixar de discordar do deputado e afirmou que, se fosse para julgar as instituições pelo comportamento de alguns de seus integrantes, nenhuma poderia existir.
“Diante da declaração do Excelentíssimo Presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, a quem admiro e estimo, de que a Justiça do Trabalho não deveria existir, em face da irresponsabilidade de suas decisões, não posso deixar de discordar de Sua Excelência”, escreveu o ministro.
Na nota, o presidente do TST afirma que a Justiça do Trabalho presta “relevantíssimos serviços à sociedade” ao pacificar greves e conflitos sociais pela “vocação conciliatória” da Corte. O ministro criticou as manifestações contra a instituição por causa de comportamentos específicos. “Não é demais lembrar que não se pode julgar e condenar qualquer instituição pelos eventuais excessos de alguns de seus integrantes, pois com eles não se confunde e, se assim fosse, nenhuma mereceria existir.